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Entrevista - Expansão Empresarial ao Mercado Português

Cátia Marques | C14 | Innovative Bioconsulting | Madrid, Espanha

Cada vez mais existe a necessidade de sermos cidadãos do mundo e deixarmos os nossos horizontes irem além fronteiras. Por este motivo, a internacionalização surge, cada vez mais, como um meio utilizado para o contínuo crescimento e alcance de sucesso empresarial. Neste âmbito, e da mesma forma que muitas empresas portuguesas tentam integrar mercados internacionais, o reverso da medalha também ocorre. Neste processo surgem, diversas vezes, barreiras difíceis de ultrapassar.

Para nos elucidar sobre algumas destas dificuldades falaremos com Arão Guerreiro, colaborador da Innovative Bioconsulting, uma jovem empresa, especializada em consultoria estratégica de empresas de Biotecnologia, sediada em Madrid, que se encontra em expansão internacional, tendo sido o mercado português um dos seus alvos.

Cátia Marques para Visão Contacto (VC): - Quais os primeiros passos quando se pretende empreender num país estrangeiro?

Arão Guerreiro (AG): - Conhecer o país. Há empresas que apenas querem aumentar a facturação, e quando se escolhe um país como alvo, a perspectiva deverá ser: “o que posso oferecer a este país?”. Há também que fazer um balanço positivo das acções que vão ser tomadas. Não mergulhar de cabeça.

VC: - Arão, porquê a escolha de Portugal?

AG: - Portugal e Espanha, apesar das diferenças, são a extensão um do outro. Sendo Português e ao mesmo tempo colaborador de uma empresa em Espanha, o meu objectivo é que esta actividade se possa vir a promover no meu país e contribuir para o seu desenvolvimento.

VC: - Que dificuldade encontrou ao tentar embarcar no mercado português?

AG: - A primeira barreira foi o mercado. Tínhamos que criá-lo, porque nota-se alguma falta de iniciativa em provocar impacto, tanto por parte de particulares, como da administração central. A comunidade científica procura a segurança através de bolsas de investigação e o seu objectivo é o reconhecimento científico (Nobel, Prémios, etc.) e são poucos os casos de empreendedorismo e de aplicação práctica dos conhecimentos descobertos. Por outro lado, o regime educativo não fomenta o empreendedorismo aos estudantes para que estes pretendam arriscar e aventurar-se em projectos empresariais em vez de procurar bolsas.

VC: - Na sua opinião estas dificuldades poderão ser contornadas de alguma forma?

AG: - Na minha opinião poderia ser introduzido o Empreendedorismo nos programas académicos desde os níveis básicos, mas principalmente no ensino superior; existência de programas de lançamento de novas empresas de base tecnológica e de base social, que as acompanham e as solidifiquem nas primeiras fases; a motivação, que tem de vir de cada indivíduo. Quando uma pessoa quer, move montanhas, tenha muitos ou poucos recursos, é sobre a motivação que faz falta trabalhar.

VC: - Gostaria de nos deixar alguma sugestão para futuros empreendedores em Portugal?

AG: - Sim. Não desistam! As dificuldades surgem sempre, mas é importante saber levantar-se depressa. Com as quedas ganham-se cicatrizes, mas também sabedoria e experiência para outras situações. Tenham ideias, e que essas ideias tenham impacto. Pensem “o que posso fazer?” em vez de “quanto posso ganhar?”. Também é importante, mas um atrás do outro e tornar-se-á numa estratégia sustentável.

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Created By: Catia Susana Nogueira Marques
Published: 20-07-2010 9:33

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