Perguntaram-me qual a maior diferença cultural entre a Holanda e Portugal. Reflecti por uns segundos e percebi que ainda não tinha pensado conscientemente nisso…

A minha resposta acabou por ser mais ou menos vaga com um politicamente correto: - Não há grandes diferenças, mas sim muitas pequenas diferenças - Depois lá consegui dar uma resposta mais concreta à pergunta que obviamente se seguiu. No entanto, passei grande parte do resto da noite, com essa pergunta em mente.

Primeiro acho que a cultura está sempre relacionada com o “tempo”. Não o tempo existencial ou temporal (também), mas o tempo meteorológico, o clima, sim porque apesar da Holanda ter um clima marítimo temperado, o facto é que o nosso clima mediterrânico proporciona-nos uma quantidade de insolação inacreditável, quando comparada com os países mais a norte. Este facto muda toda uma rotina diária. O trabalho começa mais cedo, não às habituais nove da manhã, mas mais por volta das oito. Como é óbvio, isso faz com que também termine mais cedo. Há também o factor almoço, não temos a normal hora de almoço, mas sim a meia hora ou quinze minutos para almoçar uma “sandocha”, porque refeições quentes só ao jantar! Coisa que ainda não percebi, tal como, ser difícil encontrar um restaurante que ainda sirva jantares depois das nove, já que o horário normal para se jantar é entre as cinco e seis da tarde.

Primeiro acho que a cultura está sempre relacionada com o “tempo”. Não o tempo existencial ou temporal (também), mas o tempo meteorológico, o clima, sim porque apesar da Holanda ter um clima marítimo temperado, o facto é que o nosso clima mediterrânico proporciona-nos uma quantidade de insolação inacreditável, quando comparada com os países mais a norte. Este facto muda toda uma rotina diária. O trabalho começa mais cedo, não às habituais nove da manhã, mas mais por volta das oito. Como é óbvio, isso faz com que também termine mais cedo. Há também o factor almoço, não temos a normal hora de almoço, mas sim a meia hora ou quinze minutos para almoçar uma “sandocha”, porque refeições quentes só ao jantar! Coisa que ainda não percebi, tal como, ser difícil encontrar um restaurante que ainda sirva jantares depois das nove, já que o horário normal para se jantar é entre as cinco e seis da tarde.

Primeiro acho que a cultura está sempre relacionada com o “tempo”. Não o tempo existencial ou temporal (também), mas o tempo meteorológico, o clima, sim porque apesar da Holanda ter um clima marítimo temperado, o facto é que o nosso clima mediterrânico proporciona-nos uma quantidade de insolação inacreditável, quando comparada com os países mais a norte. Este facto muda toda uma rotina diária. O trabalho começa mais cedo, não às habituais nove da manhã, mas mais por volta das oito. Como é óbvio, isso faz com que também termine mais cedo. Há também o factor almoço, não temos a normal hora de almoço, mas sim a meia hora ou quinze minutos para almoçar uma “sandocha”, porque refeições quentes só ao jantar! Coisa que ainda não percebi, tal como, ser difícil encontrar um restaurante que ainda sirva jantares depois das nove, já que o horário normal para se jantar é entre as cinco e seis da tarde.

Continuando ainda com as diferenças de horários, é também estranho que a grande maioria das lojas de rua fechem às cinco da tarde. E aos domingos é melhor nem sair de casa. No entanto, se pensarmos que o nosso trabalho termina às cinco, é justo que também assim o seja para os outros. De facto, essa é uma das mais importantes pequenas diferenças. O tempo privado, próprio, pessoal, é sem dúvida mais valorizado. De uma forma geral, há tempo para aproveitar e desfrutar o ter tempo, qualquer raio de sol é motivo de celebração. Aparentemente a vida parece correr de forma mais suave, mais tranquila e com mais oportunidades de desfrutar, não sendo alheio a isso o factor económico.

A Holanda é um pais reconhecido em todo o mundo como um dos mais liberais, e sem dúvida que o é. O cidadão comum possui normalmente uma mentalidade mais “aberta”, em relação a qualquer diferença. No entanto, o mesmo cidadão comum, também possui uma característica que em parte choca com essa maior abertura, ou seja é mais fechado para si próprio, mais egocêntrico. É fácil iniciar uma conversa com qualquer pessoa, mas é difícil conseguir que essa conversa não seja mais que uma conversa de ocasião, com alguma indiferença e opacidade. De uma forma geral, os povos mediterrânicos têm essa característica, que eu mais aprecio, de não esconderem o seu estado de espírito, opinião, razão, têm impulsividade e por vezes irracionalidade.

Em relação à frase inicial em que “não há grandes diferenças, mas sim muitas pequenas diferenças” continuo a acreditar ser verdadeira, ainda que no somatório dessas diferenças, uma cultura diferente emerge.