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Turismo. Quais os oásis que escapam à pandemia e o que fazer para que continuem a crescer?

Mariana Jantarada | C24 | Turismo de Portugal | São Paulo, Brasil

Imagem INOV

Com o início do surto na China, a Covid-19 alastrou por todo o mundo à escala de pandemia e o turismo não teve direito a tréguas. Pessoas sem voo para regressar a casa, navios de cruzeiros que não podiam atracar e viram-se obrigados a manter os  passageiros a bordo, de quarentena, encerramento de fronteiras, voos cancelados pelas companhias aéreas, hotéis fechados, encerramento de atrações turísticas e de estabelecimentos de restauração, entre outros aspetos, tudo isto levou o mundo a parar. Teve início, assim, uma grande crise num dos setores que contribui de forma ativa para o PIB de diversos países.

Viajar é, na sua essência, uma das formas mais livres de viver e aproveitar a vida. E, de um momento para o outro, tudo ficou comprometido, sem aviso, sem previsão de retoma. Pediram-nos que ficássemos em casa, para o bem de todos. Trocámos os aviões pelas paredes dos nossos lares, e adiámos todos os nossos sonhos que se estendessem além-fronteiras. A solução passou a ser: dar a volta ao mundo sem sair de casa. Diversas atrações turísticas passaram a poder ser visitadas virtualmente, como o Taj Mahal na Índia, o Grande Canal de Veneza, em Itália, o Palácio de Versalhes em França, o Grande Canyon nos EUA, ou o Cristo Redentor no Brasil.

Mas quando podemos voltar a viajar? Esta é uma pergunta que permanece no ar e que muitos aguardam ansiosamente pela resposta .

A incerteza que se abateu sobre o setor, irá permanecer no período pós pandemia. Só depois de os países reabrirem as suas fronteiras, como antes do confinamento, o turismo internacional vai ressuscitar aos poucos. Contudo, este crescimento irá implicar novas regras de comportamento e formas de viajar.

A fuga ao turismo de massas, a valorização do turismo interno e de destinos voltados para o turismo rural, de natureza e bem-estar, surgem como previsões para a retoma no período pós coronavírus. Os hotéis, restaurantes, e restantes atrações turísticas terão que se moldar a uma nova realidade. Os aviões terão certamente menos passageiros e mais distanciamento entre eles. É altura de reinventar o turismo, e criar opções compatíveis com o chamado “novo normal”. Agora é hora de recomeçar a planear aquela viagem que ficou em esboço e aqui, Portugal surge aos olhos do mundo como um oásis que quase escapou à pandemia, tendo inicialmente servido de exemplo no que toca à forma como se travou e encarou a propagação do vírus. Segundo a European Best Destination as praias da Comporta, Porto Santo, e a Meia Praia, de Lagos, constam na lista das 10 mais seguras da Europa, verdadeiros paraísos pós-coronavírus. Parâmetros como o “baixo número de pessoas infetadas com coronavírus”, o “tamanho das praias e o número de metros quadrados disponíveis para cada pessoa” foram usados como critérios de seleção. A elaboração do Selo “Clean and Safe”, pela autoria do Turismo de Portugal, veio distinguir os estabelecimentos hoteleiros e serviços turísticos que seguem o cumprimento de requisitos de higiene e limpeza para prevenção e controlo da Covid-19, promovendo desta forma Portugal como um destino seguro, e transmitindo confiança a todos os turistas que visitarem o país.

Durante a minha estadia em São Paulo, os portugueses têm sido bastante elogiados por tais feitos, e saber que somos vistos como referência além oceano Atlântico enche-me de orgulho. Acredito que o mérito já ninguém nos tira, mas necessitamos de dar corpo a esta menção daqui em diante, fazendo com que o nosso turismo continue a ser reconhecido mundialmente pela sua qualidade.

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Created By: Mariana Bernardo Teixeira Jantarada
Published: 27-08-2020 15:59

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