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Fronteiras Mentais

  

Tiago Bandeira - Critical Software, Southampton - U.K. | C11

"I do not wish my house to be walled on all sides and my windows stuffed. I want the cultures of all lands to be blown about my house as freely as possible. "

Mahatma Gandhi

 

Assim que recebi o e-mail do AICEP notificando-me que chegou a minha vez de escrever um artigo para a Visão Contacto, imediatamente decidi que escreveria algo pessoal, algo que me ajudasse a “arrumar” as ideias sobre esta experiência e que fugisse ao “copy, paste” de sites empresariais.

Textos como este, penso que se poderão encontrar em qualquer um dos vários blogs dos contactos espalhados pelo mundo e as ideias aqui transpostas poderiam vir de qualquer contacteante, expatriado ou viajante. No entanto, são conceitos, que raramente são divulgados ou escritos em revistas como esta e que considero serem de importante relevância para percebermos a grande mais-valia de projectos como o InovContacto.

 

“Considero a experiência do InovContacto extremamente positiva quer a nível profissional quer nível pessoal”.

 

Por várias vezes já disse, e já ouvi dizer estas palavras. Penso que a nível profissional todos sabemos o reconhecimento que este programa tem na esfera nacional, e o grande valor acrescentado que significa para o nosso Currículo Vitae.

E a nível pessoal? Que mudanças concretas se deram em nós para podermos utilizar tal frase?

 

Todos nós possuímos vícios no pensamento, barreiras mentais que foram erguidas por nos encontrarmos limitados por um contexto, uma sociedade e uma cultura. Estas barreiras limitam a nossa visão do mundo, a nossa liberdade e aumentam nossa distância da Verdade. Como se víssemos a realidade através de lentes que a distorcem e sendo o nosso objectivo eliminar essas distorções.

 

O InovContacto, a nível pessoal, ajudou-me a quebrar essas barreiras.

Graças a esta experiência, quando penso no que farei quando o estágio acabar, já não limito minhas escolhas entre Porto e Lisboa. Países como Estados Unidos, China, Angola, Austrália constituem agora opções reais.

Não quero com isto dizer que passei a encarar Portugal como um país com más condições de trabalho ou de qualidade de vida, antes pelo contrário, continua a ser uma forte possibilidade para o meu futuro.

As minhas escolhas, essas, já não são influenciadas por fronteiras, aversão à mudança ou medo do desconhecido (características tipicamente portuguesas), mas sim aconselhadas por um sentimento de liberdade.

O progresso dos transportes permitiu-nos eliminar fronteiras geográficas, tratados eliminam barreiras soberanas, mas o é contacto com diferentes culturas que nos permite eliminar as nossas “fronteiras mentais”. Apercebemo-nos que diferenças culturais não nos afastam uns dos outros, unem-nos. Constituem o tema perfeito para longas e tardias conversas que normalmente acabam em risos, e em exclamações “A sério?! No vosso país é mesmo assim?!”, servindo apenas para nos aproximar e facilitando o processo de conhecer novas pessoas.

 

"Hoje entendo bem meu pai. Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livro ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar do calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio tecto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece, para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como imaginamos e não simplesmente como ele é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver".

Amyr Klink

Created By: Teresa Jeremias
Published: 24-04-2008 12:32

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