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O Papel? ...mas que papel?

 

 

 

 

 

Catarina Lobinho | C11 | Soporcel - Heemstede - Holanda

Cada vez mais damos por nós a dizer que já não conseguiríamos viver sem as tecnologias de informação (internet, telemóvel...) e reconhecemos nelas o futuro das nossas vidas, bem como a base para o sucesso de qualquer estratégia empresarial.

No entanto, no dia-a-dia não paramos para pensar em coisas tão simples e básicas que precisamos para viver, coisas que tomamos como um dado adquirido. No contexto empresarial também existem os tais “adereços” com os quais trabalhamos todos os dias sem sequer imaginar as dimensões da sua cadeia de valor.

Ora, era exactamente assim que eu reagia quando me falavam em papel: “Papel? Mas qual papel?”.... o resto da história já toda a gente sabe.

 

E foi também assim que reagi quando soube que iria integrar um escritório de vendas na maior produtora e fabricante de papel de escritório do nosso país.

Para além disto, fiquei também um pouco reticente devido ao estigma que, tal como toda a gente, tinha acerca das produtoras de papel e toda a fama que lhes está inerente (poluição, destruição de florestas, perturbação do ecossistema....and so on).

No início nem sequer sabia que uma indústria como esta poderia ter um input tão forte de marketing, vendas e planeamento estratégico. Pensava que a empresa se limitava a produzir papel. Tão simples quanto isso!

 

Mas foi logo no primeiro dia de estágio que todas as dúvidas e desconfianças esmoreceram.

Uma das coisas de que me apercebi durante os 15 dias de estágio em Portugal foi que todos aqueles de quem recebi formação, deixavam transparecer uma paixão por aquilo que faziam e um orgulho pela empresa onde trabalham.

No início não dei muita importância mas hoje, passados 5 meses em contacto com o papel de escritório, encontro-me rendida ao mundo do papel e a uma indústria que ainda tem muitas cartas para dar.

 

Um dos factores críticos para o sucesso da empresa é o facto de esta se basear numa estratégia que integra verticalmente toda a cadeia de valor. Desde o controlo das florestas (possuindo 138.000 ha de floresta nacional), passando pela produção da pasta de papel (1.320.000 ton/ano) até ao produto final (1.110.000 ton/ano), todos os processos são controlados pelo grupo Portucel Soporcel.

Desta forma é possível ter um controlo absoluto sobre a qualidade do produto que vendemos. Produto esse que é a nossa maior fonte de valor acrescentado. A excelente qualidade do nosso papel obtém-se porque conseguimos combinar as melhores matérias-primas com a tecnologia mais avançada e o elevado know-how de uma empresa há muito neste sector.

 

A internacionalização é a outra dimensão estratégica que contribui para que o grupo se posicione como um dos líderes mundiais em papel de escritório no segmento premium. Com presença em 8 países através dos escritórios de vendas, o grupo Portucel Soporcel detém hoje 12% do mercado europeu e está representado nos outros continentes através de agentes. A vantagem de estar fisicamente presente num mercado e estabelecer redes locais é a de estar perto do consumidor final e, assim, ter uma melhor percepção das suas necessidades e exigências, e também conhecer mais de perto a concorrência e sua forma de actuar.  

 

Relativamente à indústria de papel no mercado holandês, existem vantagens que exploramos para enriquecer a nossa presença e pôr em prática a estratégia de liderar o consumo no segmento premium: é um mercado com uma elevada taxa de consumo de papel de escritório per capita; elevada taxa de consumo de produtos premium; uma economia em pleno estado de desenvolvimento e com crescimento sustentável, o que potencia também um aumento sustentável no consumo de papel.

Por outro lado, a tarefa de expansão num mercado como este encontra algumas barreiras pelo facto de ser um mercado pequeno, numa fase de maturidade no ciclo de vida do produto e onde se observa uma tendência para a concentração das empresas retalhistas.

As oportunidades encontram-se ao nível da entrada no mercado de grandes players mundiais na comercialização de papel de escritório, facilitando a penetração dos nossos produtos e aumentando também o nosso poder negocial. Existe ainda um factor de relevo no que toca a aumentar o nosso market share e que se prende com o encerramento de fábricas de papel nossas concorrentes, fazendo com que os consumidores procurem alternativas.        

 

Ao contrário do que muitos possam pensar, o consumo de papel de escritório tem evoluído paralelamente com os desenvolvimentos tecnológicos. O chamado “escritório sem papel” é um mito e podemos observar hoje em dia uma coexistência pacífica entre o consumo de papel de escritório e a utilização de equipamentos tecnológicos.  

 

Os desafios futuros prendem-se com a capacidade de manter o nível de excelência dos nossos produtos e continuar a comunicá-lo da melhor maneira possível, como se tem feito até hoje. Com as oportunidades de negócio que advirão da abertura de uma nova fábrica em Setúbal já em 2010, o sucesso passará, não só pela expansão em mercados já existentes, mas também por conseguir penetrar noutros mercados, aumentando a presença a nível mundial.

Acima de tudo, o sucesso desta empresa passa por saber comunicar da melhor forma o melhor produto e pela busca constante de novas oportunidades de negócio.

 

É um orgulho trabalhar todos os dias numa empresa líder no seu segmento de mercado, reconhecida por todos os seus “stakeholders” como uma marca de excelência.

Created By: Teresa Jeremias
Published: 30-04-2008 12:31

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