João Miguel Martins | C19

TIEL España | Madrid

Espanha

No âmbito do tema da Fotoreportagem proposta aos integrantes da edição do Inov Contacto C20, procurarei ilustrar um dia de um INOV em Madrid.

Primeiramente, enquadrarei de forma concisa a empresa na qual estou integrado - TIEL España. De seguida, passarei ao relato, propriamente dito, da minha rotina na mesma.

A TIEL España (TIELES) é uma empresa transportadora de mercadorias perigosas. O foco geográfico da empresa é o mercado espanhol desde há cerca de 10 anos, sendo o resultado da crescente necessidade em servir o mercado ibérico, sentida pela TIEL Portugal. Actualmente, a TIELES atravessa uma fase de crescimento e consolidação no mesmo mercado, fruto da qualidade do capital humano que possui, fator que se revelou importantíssimo aquando da chegada da crise que ensombrou a estabilidade económico-social na Península Ibérica.  

O meu dia inicia-se por volta das 7:40. Apesar da obrigação de acordar a tal hora ser considerada por muitos como um momento de relativo desagrado, devo frisar que morar num apartamento com terraço em Madrid, permite atenuar este “obstáculo motivacional” que poderá condicionar o começo do nosso dia. Convém mesmo mencionar o “luxo” que este espaço representa durante o período dos meses mais quentes que arrasa a capital espanhola - Junho, Julho e Agosto.

Relativamente à deslocação para o meu local de trabalho, é usual demorar cerca de 40 minutos, divididos por metro e autocarro. O escritório da TIELES está inserido numa área denominada Torrejón de Ardoz, localizada na Comunidade de Madrid, distando cerca de 25 km do centro da cidade. Numa primeira fase percorro uma estação de metro, de onde parte o autocarro que me leva para a zona de trabalho,  percurso esse correspondente à segunda fase, durando cerca de 30 a 35 minutos.

Assim sendo, no total o tempo de deslocação acaba por ser consideravelmente elevado, sendo necessário ter em conta este fator na escolha da casa antes de começar o estágio.

Passada a fase da deslocação para a empresa, acabo por dar entrada no escritório por volta das 9:30. No que diz respeito ao horário de entrada, é de realçar a política flexível que impera na TIELES, desde que tal prática não comprometa, naturalmente, o cumprimento das tarefas a realizar.

É frequente deslocarmo-nos ao café mais próximo para tomar o “solo expresso” matinal, a fim de iniciar o trabalho a todo o gás (tanto em quantidade, como em qualidade, o café do país vizinho deixa muito a desejar face à nossa bica).

Segue-se então o período de trabalho até à pausa de almoço. Exceptuando o período inicial de estágio, sempre dispus de relativa autonomia na realização das atividades que me foram propostas, não sentindo, porém que essa forma de trabalho afetasse o esclarecimento de dúvidas que me pudessem surgir no decurso das tarefas. Diria mesmo que estou integrado numa entidade com colegas dinâmicos, bem-dispostos e prestáveis. Para além disso, o facto de privar com colegas portugueses (incluindo o meu chefe) constitui uma mais-valia e um suporte face a eventuais problemas que possam surgir no meu dia-a-dia. Assim, somando ao facto de trabalhar num escritório com um número relativamente reduzido de trabalhadores, acabei por ter uma integração rápida e positiva.

É chegada a altura de iniciar a pausa de almoço, normalmente às 14:00. Este horário de refeição revelou-se incómodo no início no estágio, dadas as claras diferenças culturais (a este nível) entre Portugal e Espanha. Contudo, após as primeiras semanas, as diferenças foram rapidamente atenuadas.

Após o período de almoço, retomo o trabalho por volta das 15:00. Realizo as tarefas que anteriormente me foram incumbidas e, às 18:30, termino o dia. Regresso a Madrid, uma vez mais apanhando um autocarro, cuja viagem é ligeiramente mais morosa que a de ida, dado a maior intensidade no tráfego na cidade.

No fim do dia, é tempo de relaxar e aproveitar as diferentes oportunidades oferecidas por Madrid. A nível desportivo é habitual deslocar-me ao ginásio, sendo que um jogo de futsal ou mesmo uma sessão de “jogging” pelo Retiro não devem ser opções a descartar.

Para além disso, a nível social, é importantíssimo não esquecer os famosos “after works” da cidade, que acabam por converter-se num ponto de encontro com alguns dos meus colegas do INOV, revelando-se uma boa opção para descontrair e desfrutar dos locais onde são realizados tais eventos.