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História da História que se repete.
História da História que se repete.

 André Ribeiro, ESRIN, Roma, Itália

Roma, 25 de Março de 1957

 

A Europa ressaca ainda com as memórias frescas de um dos períodos mais chocantes da História recente. Os avanços tecnológicos tinham sido muitos, arrancados à comunidade científica, em grande parte por motivos menos nobres. O sentimento geral era da chegada da bonança, finda a tempestade. Assinava-se [1] o que a história viria a apelidar de Tratado de Roma, estabelecia-se a Comunidade Económica Europeia e esboçava-se, o que viria mais tarde a ser, muito mais do que um pacto para aligeirar trocas comerciais e burocracias económicas.

Meses mais tarde, a 4 de Outubro, era lançado o primeiro satélite artificial, o Sputnik 1, marcando o início da exploração espacial pelo Homem.

Tempos de comemoração pelos sucessos alcançados, pela e para a Europa.

 

Roma, 26 de Março de 2007

 

Num evento organizado pela representação Italiana da Comissão Europeia, pela embaixada Francesa em Itália, pela Universidade Sapienza de Roma, pela Agência Espacial Europeia (ESA) e pela Agência Espacial Italiana, designado de “Uma noite no espaço: Encontro com os astronautas europeus”, comemoravam-se igualmente os 50 anos de exploração espacial [1].

Com a presença de 5 membros da corporação de astronautas europeia (participantes em missões espaciais), do Ministro Italiano para a investigação e desenvolvimento e de um anfiteatro com cerca de 600 pessoas o Professor Renato Guarini, Reitor da Universidade de Roma, iniciou as hostes relembrando os primórdios da exploração espacial e recordando também as recentes comemorações relativas aos 80 anos de estudos espaciais na Universidade de Sapienza. Numa nota descontraída e relaxada o Ministro Fabio Mussi, confessava o seu fascínio pelo espaço e pela exploração tripulada do espaço que tem desde infância, salientava a importância do espaço para a Europa e por fim reiterava a importância que a exploração espacial tem no programa político Italiano. Claudie Haigneré, astronauta da ESA, e primeira mulher europeia a visitar a estação espacial internacional (ISS) em Outubro de 2001 salientou o facto de há 50 anos, com os Tratados de Roma, nos tornarmos europeus e no mesmo ano com o lançamento do Sputnik nos olharmos de fora e nos vermos “terráqueos” à escala universal. Sublinhou ainda que a exploração espacial é ainda uma ciência embrionária, que os alcances do passado devem ser encarados com orgulho mas que mais importante é encarar o futuro com determinação.

A apresentação dos cinco astronautas ficou a cargo do Director da Divisão de Voo Espacial Humano, Micro gravidade e Exploração, Daniel Sacotte, que salientou o quão importante é o sentimento patriótico de orgulho na nacionalidade de cada astronauta, mas que ainda mais importância tem o facto de serem embaixadores da Europa no Espaço. Relembrou ainda que os executores da missão são sem dúvida importantes, contudo, não se devem esquecer as imensas pessoas, como os Engenheiros, Médicos, Físicos, Astrónomos e todos os técnicos que a ESA tem nos bastidores para garantir o sucesso das suas missões. De seguida pudemos ficar com os depoimentos de cada um dos astronautas presentes que expuseram um pouco dos trabalhos que fizeram ao longo das missões espaciais em que participaram.

Por fim, para encerrar este agradável final de tarde na Aula Magna da Universidade de Roma, houve lugar a um cocktail informal no qual pudemos conversar com todos os presentes para continuar o diálogo, colocar questões e satisfazer todas as curiosidades que ainda pudessem restar.

Tempos de comemoração pelos sucessos alcançados, pela e para a Europa. [4]

 

Notas

[1] No momento da assinatura do tratado pelos vários intervenientes, o tratado de roma presente era apenas um maço de folhas brancas com a capa e as últimas folhas impressas, devido a atrasos na gráfica italiana responsável pela impressão. Pierre Pescatore disse à BBC na comemoração do quinquagésimo aniversário dos tratados: “They signed a bundle of blank pages.”, “The first title existed in four languages and also the protocol at the end; nobody looked at what was in between.”

[2] Todos os satélites Russos são até hoje designados de Sputnik (numerados) pelos média Americanos, embora todos eles tenham nomes diferentes.

[3] Espera-se que seja também em 2007 que a China (com satélite orbital lunar Chang’e 1), o Irão (satélite Mesbah) e a Índia (com a missão Chandrayaan I) iniciem as suas próprias explorações espaciais.

[4] A 24 de Abril, a equipa liderada por Stéphane Udry (composta por elementos Suiços, Franceses e Portugueses) do European Southern Observatory (ESO), anuncia, a descoberta do Gliese 581c, planeta com características naturais muito semelhantes às da terra a apenas 20,5 anos-luz de distância.

Created By: Teresa Jeremias
Published: 13-05-2007 9:39

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