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La Habana
  Paula Meireles, Grupo Amorim, La Habana, Cuba.
 
La Habana. Capital de Cuba, palco de vários acontecimentos históricos políticos e sociais.
Ao percorrer esta cidade, para onde quer que se vá, não podemos deixar de sentir o peso da sua História. Cada monumento, cada estrutura arquitectónica, esconde em si uma parte dessa história.
 
Um turista que, simplesmente, resolva percorrer os vários quilómetros do Malecón, vai deparar-se com uma estrutura imponente composta por uma tribuna, dez colunas em aço, uma estátua e um conjunto de bandeiras negras esvoaçando ao vento. Está perante a Tribuna Anti-Imperialista “José Martí”.
Localizada frente à sede da Oficina de Interesses dos EUA, foi inaugurada em 3 de Abril de 2000. Foi neste local que os cubanos se reuniram para exigir o regresso do menino cubano, Elián, único sobrevivente de um naufrágio numa tentativa de chegar a Miami. Logo surgiu a ideia de aí erguer uma tribuna, como símbolo de exigência de justiça perante os EUA, como símbolo de luta contra o Imperialismo.
As 10 colunas representam palmeiras, símbolo de Cuba; a escultura representa José Martí, Herói Nacional, que traz uma criança num braço, enquanto que com o outro aponta de forma acusatória à Oficina de Interesses dos EUA.
O denominado “Monte das Bandeiras Negras”, foi inaugurado apenas em 2006 e, consiste em 138 bandeiras negras com uma estrela branca, içadas mesmo à frente da Oficina de Interesses dos EUA.
AS 138 bandeiras negras representam os 138 anos de luta ininterrupta contra o Imperialismo, iniciados com a batalha pela independência de 10 de Outubro de 1868, e simbolizam “o luto e o sofrimento que as acções dos governos norte-americanos causaram a milhares de famílias e ao povo cubano”.
 
A tribuna ou palco é utilizada para realizar discursos ou mesmo eventos culturais. Exemplo disso mesmo, foi o que aconteceu no passado dia 3 de Abril, data comemorativa dos 45 anos da Juventude Comunista. A população, principalmente jovem, reuniu-se na Tribuna para assistir ao espectáculo comemorativo desta data.
 
No início do espectáculo as bandeiras negras foram substituídas por 138 bandeiras nacionais.
 
A abertura do espectáculo foi efectuada com um discurso felicitando a Juventude Comunista pelo seu 45º aniversário e enaltecendo a revolução cubana e os seus princípios socialistas. De seguida, deu-se início ao espectáculo. Actuaram 2 conjuntos musicais conceituados e adorados por todos os cubanos: Paulo FG e o Grupo BanBan. Entre canções vai enaltecendo-se o espírito da revolução cubana.
A Tribuna estava repleta, o Malecón lotado, os espectadores vibravam ao som da música. Para onde se olhasse só se viam pessoas festejando. O espectáculo seguiu pela madrugada adentro.
 
Outro símbolo da história de Cuba, mas mais para o centro de Havana, na Plaza de la Revolución, é o Memorial José Martí. As suas salas oferecem uma descrição de como foi a vida do denominado “Herói Nacional da República de Cuba”. Mas o mais agradável deste monumento é a vista que nos oferece de toda a cidade, pois é aqui que se encontra o miradouro mais alto da cidade. Digno de ser visitado.
 
É na Plaza de la Revolución em San Cristobal de la Habana - Cuba, que todos os anos se realiza um dos maiores acontecimentos políticos e sociais desta cidade: o desfile do Primeiro de Maio.
O Primeiro De Maio em Cuba, dia do Trabalhador, é um dia de reverência. Alguma da população chega a levantar-se de madrugada para, por volta das 8 da manhã, estarem todos presentes na praça e darem inicio à parada. As pessoas desfilam diante de uma Tribuna de personalidade politicas e militares ao som de discursos e músicas nacionais, sempre evocando o espírito revolucionário e os princípios socialistas. Este ano o desfile tinha mais um motivo especial: apelar à não libertação de Posada Carriles pelos EUA.
As pessoas desfilam por municípios ou mesmo por centros de trabalho. Nas suas mãos levam bandeiras de Cuba e cartazes. Nesses cartazes pedem a prisão do “verrugo Pousada” e a libertação dos 5 de Miami, aplaudem a revolução Cubana e a Fidel Castro e atacam o Império Imperialista. E, claro, não faltam as alusões a Che Guevara. É um acto que se repete em várias Praças principais por todo o país, até ao início da tarde.
 
“Viva Cuba Libre! Socialismo o Muerte!”
 
Outra tradição, que conta um pouco mais a história de Cuba, é o “cañonazo”. Realiza-se todas as noites, um pouco antes das 21.00, na Fortaleza de S. Carlos de La Cabaña.
Esta tradição vem desde o século XVII. Numa altura em que vivendo numa cidade fortificada, para se protegerem de piratas e outros perigos, a população era informada através do disparo de um canhão, entre as 20.00 e as 21.00, de que os portões da cidade se iam fechar. A partir dessa altura até ao dia seguinte mais ninguém podia entrar ou sair da cidade. O canhão voltava a ser disparado por volta das 6.00 da manhã a anunciar a abertura dos portões.
Hoje a tradição só imita o disparo das 21.00. Cerca de 15 minutos antes, um grupo de homens vestidos a rigor imitam o render da guarda de tempos antigos. Percorrem a fortaleza marchando com as suas armas, dirigindo-se ao lugar na muralha onde se encontram os canhões. Os rituais continuam e o canhão é disparado as 21.00 em
 ponto. É também uma boa forma de acertar os relógios pela hora
 cubana. Esta representação repete-se todas as noites à mesma hora. Convém chegar mais cedo para aproveitar e ver a cidade de
 Havana à noite, assim como visitar os vários museus, incluindo o de Che Guevara, e o relógio de sol, que aí se encontram.
Por último não posso deixar de referir um pequeno espaço, localizado em Habana Vieja, perto do Hotel Ambos os Mundos. Arejado, com um ambiente agradável, em uma das suas paredes um azulejo de origem portuguesa, com um desenho de um homem e um nome familiar: Eça de Queiroz. Foi nesta zona, que Eça de Queiroz teve o seu posto consular, enquanto cônsul de Portugal em Cuba entre 1872 e 1874. Aqui se homenageia o escritor português.
Neste café com esplanada, podem-se comer umas saborosas saladas de frutas ou sandes, beber um batido ou um sumo de frutas, a preços bastante acessíveis. Se tiver sorte, pode assistir a uns passos de tango ou à interpretação musical de uma jovem ao piano, enquanto desfruta da sua refeição.
Created By: Teresa Jeremias
Published: 06-11-2007 17:27

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