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A Multicultura na Ilha (Narrativa do Viajante) - Jorge Godinho Ferreira

Jorge Ferreire | C15

IDC UK Lta | Londres

Reino Unido

 

Independentemente do país de destino que nos foi atribuído, ou dos diferentes caminhos a nível pessoal e profissional que cada um de nós, Contacteantes, seguirá, há uma experiência em comum que já ninguém nos tira: o momento da divulgação do nome dos países a que fomos alocados.

Eu tive que esperar até ao “R” pela minha vez! Já tinham passado dezenas de países com nomes sonantes, uns mais exóticos que outros, uns que fazem parte do roteiro turístico de toda a gente, outros cujo acesso não é dos mais fáceis, em termos financeiros. Em cada um deles tentava imaginar como seria a minha vida nos próximos 6 meses...acho que nunca tinha sonhado tanto tempo acordado, nem mesmo numa aula teórica com um orador monocórdico (ehhhh...que exagero!). A verdade é que acabaram por mencionar o meu nome quando falavam daquela ilha europeia, mas longe de ser tropical: Reino Unido, mais concretamente Londres. Foi então que a surpresa terminou e a ânsia continuou!

Embora já tivesse vindo de férias a Londres quando ainda era criança, voltar com 25 anos para trabalhar durante 6 meses foi como se fosse um país onde nunca tinha estado. É impressionante como apenas a duas horas e meia de Portugal, podemos encontrar uma cidade que nos consiga mostrar um bocado da cultura de cada canto do mundo.

No final do primeiro dia aqui, já lhe tinha atribuído uma alcunha: Nova Iorque Europeia No fim de contas, Londres é uma capital Europeia, um meltingpot extraordinário, onde o comércio de rua está presente todos os dias da semana, 24 sobre 24 horas. Pequenas e Médias Empresas ocupam as ruas e fomentam a competitividade, investimento e inovação, contribuindo, assim, para o desenvolvimento sustentável da nação.

A multicultura dá cor ao céu cinzento que normalmente cobre a cidade. Os milhentos parques por aqui espalhados reciclam o ar denso daquele que foi o país de origem da Revolução Industrial. Os pubs ganham afluência ao final da tarde e as pints animam o quotidiano de um trabalhador incansável. Os esquilos e as raposas dão vida à longa caminhada nocturna de regresso a casa e a chuva nem é tanta como eu pensava.

Porém, nem tudo é um mar de rosas. Nós, Portugueses, que somos invadidos pelos media americanos, estranhamos quando um british (principalmente os do Norte do país) vem falar connosco e não se consegue perceber uma palavra do que disse - “Esse inglês é diferente daquele que eu aprendi na escola...”. Já para não falar do quão concentrado é preciso estar para andar nas ruas com segurança, porque à conta de eles quererem ser diferentes em tudo, ia sendo atropelado uma dúzia de vezes. E o metro? Quiseram ser os primeiros a construi-lo e nem pensaram que um dia daria jeito acrescentar as tubagens para o ar condicionado...é uma autêntica estufa nos dias de calor. Se bem que compensa com a complexa e extraordinária rede de transportes que nos leva a todo o lado da cidade, com o imprescindível OysterCard.

E é assim que esta sociedade se desenvolve, ano após ano... Não é apenas o seu passado (o Império que outrora tiveram) a fonte da sua riqueza. É através da densa multicultura, dos diferentes backgrounds, experiências e conhecimento que cada cidadão possui pelas diferentes origens, que tornam esta cidade muito à frente. 

Created By: Isabel Azevedo
Published: 07-11-2011 12:00

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