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Girl MOVE - O objetivo é permitir que jovens moçambicanas ganhem mundo para poderem transformar esse mesmo mundo

Marta Pereira | C24 Girl MOVE Academy | Nampula, Moçambique / Lisboa, Portugal

Mara Santos, 31 anos, Stakeholder Engager Portugal na Girl MOVE estudou Direito e Estudos de Desenvolvimento. Na Girl MOVE está a contribuir para gerar mais oportunidades para raparigas, sendo responsável pela comunicação e relação com stakeholders, maioritariamente, empresas.

Pode, resumidamente, explicar o que é ExchangeLab?

Para as Girl MOVERS o ano de CHANGE termina geralmente com três meses de estágio internacional. Os estágios têm acontecido em Portugal. Podemos ter uma jovem da área financeira a estagiar num Banco, uma jovem médica numa Unidade de Saúde, ou uma jovem da área de Gestão numa Consultora. Depois, nos outros dois meses têm a oportunidade de conhecer outras organizações e fazer formações executivas na Católica Lisbon School e no IES-SBS e também de serem as speakers e facilitators de eventos que a Girl MOVE promove. Este ano a componente presencial é o maior desafio. Vivemos uma mudança de planos, muitas coisas que aconteciam presencialmente estão a decorrer em formatos diferentes. Isto pode ser uma oportunidade de reunir pessoas de todo o mundo de forma mais ágil. Por isso, o ExchangeLab é a solução que a equipa estratégica da Girl MOVE desenhou como experiência final do ano CHANGE das Girl MOVERS. Mantemos o compromissos de proporcionar três meses de grande impacto e conexão com as diversas áreas de talento e este tempo não se vai limitar ao contacto com pessoas e empresas situadas em Portugal... Vamos abrir um leque de oportunidades muito mais vasto e este processo vai acontecer maioritariamente em formato digital/online utilizando as plataformas habituais. As Girl MOVERS estão em Moçambique e as outras pessoas podem estar em Portugal, Espanha ou no Reino Unido!

As empresas que que vão receber as Girl MOVERS nestes intercâmbios têm todas uma atuação pertinente e são uma referência na sua área. Como é feito este matching entre uma Girl MOVER e uma empresa?

A Girl MOVE já vem desenvolvendo este tipo de relação com o setor privado desde 2013 e isto faz com que, uma vez Girl MOVER, para sempre Girl MOVER. Há uma rede de pessoas e entidades que nos acompanha.

As candidaturas de jovens moçambicanas chegaram nos últimos anos às 1.500. Depois de selecionadas 40, o match passa para nós. Conhecermos quem elas são e quais as experiências individuais ou em cluster (grupos com interesses semelhantes) que mais vão alavancar as suas carreiras. Depois, fazemos uma proposta e as próprias jovens fazem a candidatura às empresas, que passa por se apresentarem, exporem objetivos, dizerem o que querem conhecer, com que temas gostavam de trabalhar, e as empresas ativam uma equipa interna de mentoria para viabilizar a experiência.

Como está a ser gerida a comunicação e integração das Girl MOVERS em empresas?

Estamos agora na fase de arranque do Exchange. Vamos ter pela primeira vez uma Girl MOVER a conhecer a equipa de mentoria da empresa de match. Até agora o nosso foco tem sido manter o contacto com os nossos parceiros, desenhar um conjunto de possibilidades de interagirmos no âmbito do Exchange LAB, promovendo a conexão entre as Girl MOVERS e estas empresas. As Girl MOVERS têm perguntas, ideias, planos e esta é uma oportunidade de validarem estas ideias com especialistas. É também uma oportunidade de serem embaixadoras de uma realidade do outro lado do mundo, dando também mais mundo às pessoas das empresas que as acompanham.

Como é que o ExchangeLab vai impactar diretamente a vida e carreira destas Girl MOVERS?

Acima de tudo vai diferenciá-las no setor e no mercado de trabalho. Há outras jovens com a mesma formação que elas, mas que não passaram por este programa e não tiveram a oportunidade de, durante um ano parar, conhecerem-se melhor e perceber quais os talentos que vão contribuir para as suas causas. Em segundo lugar, refira-se que ganham uma rede de suporte, mentores de carreira, famílias alargadas, buddies, ou seja, mais pessoas a quem podem recorrer quando tiverem um novo desafio.

Esta experiência constitui uma injeção de aceleração para que cheguem mais rapidamente onde querem e podem. O nosso objetivo é que ganhem mundo para poderem transformar o mundo.

Este ano temos Girl MOVERS em Nampula e grande parte da equipa e facilitadores no resto do mundo. Como estão a humanizar essa distância?

A Girl MOVE é uma organização com uma equipa que vive em dois países. Já acedíamos muito a ferramentas tecnológicas para estarmos em contacto de uma forma regular. Tentamos humanizar estas comunicações com a partilha de experiências - como estamos, o que sentimos, que medos temos, comunicando com muita transparência.

Última pergunta: há alguma história ou histórias de sucesso de Girl MOVERS a abrir caminho no mercado de Moçambique?

Todas são muito especiais para nós. Tivemos algumas Girl MOVERS que foram estudar. Outras que ganharam prémios como líderes de referência em África. Outras estão envolvidas em projetos na área de saúde, conservação ambiental ou animal ou são responsáveis de departamentos, ou professoras universitárias enquadradas nestas áreas. Para transformarem estrategicamente áreas de desenvolvimento no seu país, têm de ter voz e estar posicionadas para o fazer. Aos poucos isso está a acontecer.

Muito obrigada Mara.

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Created By: Marta Neves Pereira
Published: 28-12-2020 17:32

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