Apesar dos problemas causados pela crise económica e da falta de acesso à internet por parte da população, estima-se que, ainda assim, atualmente, mais de metade da população brasileira esteja online.

O Brasil “é o quarto maior mercado de internet mundial, com 140 milhões de internautas sobre uma população de mais de 207 milhões de habitantes.” Milhões estes que fazem com que cada vez mais as empresas queiram investir no marketing digital e nas vendas online (o também chamado e-commerce).

Contudo, com o crescimento da presença das empresas nesse meio, cresce também a necessidade de as mesmas se diferenciarem e renovarem as suas estratégias para continuar a apelar ao consumidor.

Uma pesquisa sobre o mercado digital da Content Trends indicou que “e-commerces que adotaram o marketing de conteúdo como estratégia, apresentaram o dobro de visitantes quando comparados com aqueles que não o fizeram”.

E o que é este marketing? É o estudo do mercado, é observar o consumidor, as suas vontades e necessidades, para desenvolver estratégias eficazes, aumentando todo o potencial da empresa em questão.

Com a sua vasta população, sendo que São Paulo já possui aproximadamente 12 milhões de habitantes, ou seja, consumidores diversificados, cabe às empresas apelarem ao maior número possível de pessoas e encontrar os pontos comuns à maior parte destas.

Até porque, cada vez mais, os clientes não querem só comprar, querem que lhes seja proporcionada uma experiência e querem sentir que algo foi feito à sua medida.

À semelhança dos outros países, as entidades brasileiras têm aproveitado os grandes eventos e datas do país, como o Dia dos Namorados, festas Juninas e a Copa do Mundo, para criar (ou fortalecer a já existente) ligação com o público.

As campanhas, físicas e online, vão desde cerveja a peças de roupa, incentivando o consumidor a “estar preparado para torcer pela seleção brasileira” ou a usar um certo “look para arrasar nas Festas Juninas”, através do envio de newsletters com sugestões e links para compra, bem como promoções especiais.

As empresas procuram quebrar barreiras e aproximar-se dos clientes, mencionando e demonstrando que também participam nos mesmos eventos que o seu público-alvo. Assim, com estas estratégias, a categoria que lidera no Brasil, em termos de volume de pedidos no e-commerce é Moda e Acessórios, embora este setor possua apenas 6,1% de receita, perdendo para os eletrodomésticos e telecomunicações, com uma quota de receita entre 21 e 23%.

As compras online passam a fazer parte do dia-a-dia do brasileiro e, segundo estudos, o e-commerce deve crescer 15% este ano.