Macau, oficialmente, a Região Administrativa Especial de Macau – R.A.E.M., é uma região especial da China, existente desde 20 Dezembro de 1999, altura em que Portugal concedeu o território à China.

O seu território compreende à península de Macau e ilhas de Taipa e Coloane, num total de 29,5km². Durante quase 450 anos, Macau foi território português. Atualmente, conta com cerca de 600 mil habitantes, sendo composto por diversas etnias, a maioria esmagadora de origem chinesa, seguindo-se a filipina e, numa percentagem menor, a portuguesa.

As suas línguas oficiais são o chinês e o português, tornando a vida do quotidiano muito mais acessível, por ter os nomes de todas as ruas, transportes, edifícios escritos na língua de Camões.

Macau é a cidade com maior densidade populacional do mundo, sendo um dos grandes problemas deste território, o elevado crescimento nas cidades, limitando, assim, a construção de espaços urbanos que permitam a interação entre a população, como no caso de jardins para convívio e praças, reduzindo drasticamente a qualidade de vida.

Como o jogo é proibido em toda a China, houve um acentuado crescimento económico em Macau, por ser a única região da China, onde esta prática é legal. Associado ao jogo, veio também um exponencial crescimento do turismo, criando, assim, um número elevado de construção de casinos e de hotéis, que conduziu a um desequilíbrio ecológico da região, criando mais poluição atmosférica, sonora e residual.

Devido ao aumento da população nesta área, notou-se um crescimento gradual de veículos em Macau, tanto públicos, como privados, originando problemas ambientais.

A quantidade de gases poluentes com efeitos de estufa emitidos pelos transportes terrestres no período de 2001 a 2009, sofreu um aumento de cerca de 70%, reduzindo significativamente a qualidade do ar.

Certos protocolos foram criados para proteger o ambiente e melhorar a vida em Macau, como é o caso do,“Planeamento da Proteção Ambiental de Macau (2010-2020)”. A criação deste protocolo, assim como de outros, visa servir o cidadão, construindo, um ambiente mais habitável, com bairros ecológicos de baixo nível de consumo de energias, emissão de carbono e poluição, criando assim, uma cidade mais sustentável para os seus cidadãos e visitantes, com emissões de carbono mais reduzidas.

A falta de espaços verdes interfere na redução dos níveis de carbono e de poluição e prejudica igualmente a qualidade de vida da população. É fundamental que haja uma maior consciencialização ambiental por parte do governo e da população.

Macau é uma região rodeada por água, mas a falta de água potável é um grande problema nesta região. Por ter uma área geográfica reduzida, os recursos hídricos são praticamente inexistentes. Mares salgados e rios poluídos são uma das acumulações de litros impróprios para consumo e devido ao aumento da população, os recursos hídricos já não são suficientes, originando um período de escassez de água potável.

Hoje em dia, 98% da água consumida em Macau é providenciada pela China, sendo captado no Rio Xi Jiang, a qual é afluente no Rio das Pérolas e, posteriormente, encaminhada para as ETAR’s de Macau. A água bruta é então submetida ao tratamento das ETAR (Ilha verde, Porto Exterior ou Coloane), sendo posteriormente introduzida na rede de distribuição.

Apesar das estações de tratamento de água não funcionarem da melhor maneira, o governo de Macau tem procurado otimizar as instalações de tratamento de águas residuais. Com o aumento de infraestruturas hoteleiras e turísticas, tem-se planeado o aumento e a construção de novas ETAR’s. É preciso garantir a segurança da água potável e o funcionamento de sistema de tratamento de águas residuais, assim como a gestão integral da qualidade do ambiente hídrico.

Apesar de ser um processo gradual têm-se notado esforços por parte do governo de Macau em melhorar a qualidade de vida da população e tornar Macau num ponto de referência para o turismo.