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Portugal e a gestão da inovação

    Bruno Fernandes  -  INI GraphicsNet  -  Darmstadt, Alemanha

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Actualmente Portugal, país de Pequenas e Médias empresas (PME’s), enfrenta um grande desafio a nível de competitividade. Não podendo continuar a competir via salários baixos (vantagem que já não possui, em detrimento por exemplo de países do Leste Europeu), o país tem de se afirmar internacionalmente através da inovação. São as ideias inovadoras e os produtos com alto valor acrescentado que permitem às empresas vencer num mundo cada vez mais competitivo. A inovação de produtos, e também de processos, tem de ser continuamente acompanhada e as empresas têm de saber gerir internamente esse processo. Um dos maiores entraves ao investimento em I&D nas PME’s portuguesas (iniciando assim um processo de inovação) é, para além das conhecidas restrições financeiras, a falta de competências dos seus gestores. Esse facto leva muitas vezes a que os órgãos de gestão não tenham consciência dessa necessidade e que, por isso, não considerem prioritária essa actividade.

Mas as restrições financeiras a que as PME’s Portuguesas estão naturalmente sujeitas, decorrentes da própria dimensão do mercado interno, impõem uma actuação conjunta, quer através de acordos bilaterais (horizontais ou verticais), quer através de agrupamentos regionais de empresas, formando os conhecidos clusters. Estes mecanismos ajudam as empresas a adquirir dimensão e “músculo” que lhes permitam enfrentar o desafio da inovação. Algumas pequenas e médias empresas portuguesas já iniciaram esse processo: a indústria do calçado, a indústria têxtil ou a indústria do mobiliário são apenas alguns exemplos.

É neste contexto que passo a apresentar a INI-GraphicsNet Stiftung. Esta empresa alemã, onde estagiei nos últimos nove meses no âmbito do INOV Contacto e agora trabalho, é uma rede internacional de centros de investigação que promove o desenvolvimento e comercialização de inovação (no caso concreto na área das tecnologias de informação e comunicação). Fundada pelo Prof. José Luís Encarnação há 30 anos (um português radicado há muito na Alemanha), tem como principal missão fazer a ligação entre quem desenvolve I&D por excelência - universidades e centros de investigação - e o mercado. Ao mesmo tempo que leva às empresas as inovações existentes no meio científico na área das TIC, informa este das necessidades da Indústria. Com este processo enceta-se um ciclo que se pretende virtuoso para todos.

Neste âmbito, a INI-GraphicsNet Stiftung foi convidada a elaborar um plano de viabilidade de um centro tecnológico para a Indústria do mobiliário no Norte de Portugal. Patrocinado pelas Câmaras Municipais de Paredes e Paços de Ferreira, e com o envolvimento do Ministério da Economia, este projecto, no qual tive oportunidade de participar, permitiu dar início ao que se espera vir a ser um verdadeiro cluster tecnológico na área do mobiliário em Portugal, estabelecendo uma rede entre as PME’s do sector no Norte de Portugal e as Universidades, nomeadamente a Universidade do Porto e Universidade do Minho.

São estes exemplos de excelência que devem de ser difundidos e estimulados dentro das empresas em Portugal. Só assim o País conseguirá obter um lugar de destaque num quadro de crescente competitividade internacional.

 

A AICEP, através do estágio que me proporcionou, permitiu-me adquirir novas competências e abriu-me, por esse motivo, novos horizontes. E são estas competências adquiridas por centenas de estagiários ao longo dos anos que trazem grande mais valia à Comunidade Contacto. Mas tal como uma empresa, a “rede” tem de enfrentar os desafios do futuro, precisa de um verdadeiro rumo, do desenvolvimento de uma estrutura que potencie todo o know-how que existe dentro da mesma, só assim seremos uma verdadeira “network”, que produza algo de inovador que possa ser vantajoso para o país, e isso, ainda não existe.

Created By: Teresa Jeremias
Published: 24-01-2008 15:37

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