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Viver no epicentro da "Influenza A"
 
Ana Santos
Anabela Areia
Eunice Caçador
José Pinheiro
Pedro Xavier Costa
 
C13
 
México D.F. | México
 
 

 

Alguns dos contacteantes que viam “México” a aparecer no ecrã aos seus colegas, roíam-se de inveja. Agora sentimos que dão suspiros de alívio.

De facto, quem adivinharia o que nos esperava, passados 3 meses de estágio, aqui, no México?

Algures numa quinta do interior do estado de Veracruz, uma criança brinca com um porquinho. Subitamente, o “inofensivo” porquinho espirra. Em pouco tempo, a criança adoece com gripe e, rapidamente, toda a aldeia regista os mesmos sintomas: febres altas, dores de cabeça, espirros, tosses, náuseas e diarreias.[1]

Não durou muito tempo até que este vírus, dito mutado e de propagação muito fácil, chegasse à área metropolitana da Cidade do México onde alastrou entre a população de uma forma impressionante.

  

México D. F. (Distrito Federal) e seus arredores, contam com mais de 20 milhões de pessoas e uma densidade populacional de 2,8 hab./m2. É natural que esta desproporção demográfica dificulte a tentativa de contenção do surto da gripe. Efectivamente, esta epidemia só veio revelar uma grande fragilidade e ineficiência do Sistema de Saúde mexicano. Para além disso, o pronto acesso a tratamento médico não está ao alcance de todos os mexicanos, existindo um grande fosso entre ricos e pobres.

O Sistema de Saúde mexicano conta já com 40 anos sem reformas de fundo ao contrário de outros países da América Latin, que têm ao longo dos últimos anos introduzido alterações significativas nos seus serviços de saúde de forma a torná-los mais eficientes.

 

Numa altura em que foram introduzidas alterações constitucionais, estruturais e de gestão nos serviços de saúde na América Latina, o sistema mexicano conta já com  quarenta anos sem reformas de fundo. As razões são três: financeiras, laborais e políticas.[2]

 

Segundo a última actualização da Secretaría de Salud em 4 de Maio, existem 727 casos confirmados da gripe H1N1, dos quais 26 correspondem a falecimentos, 16 do sexo feminino e 10 do sexo masculino. Os casos confirmados encontram-se em 26 estados da República.

 

 

Comentários dos C13 no México:

 

Ana Santos @ St. Regis Hotel - Mexico City

A última semana e meia foi marcada pela pressão do mediatismo causado pelo surto Influenza A, pela pressão da indecisão de voltar ou não a Portugal e das medidas de precaução que incluem trabalhar de casa. Esta “quarentena” e o facto de o México estar no “centro” do Mundo neste momento, está a ser uma prova de fogo extra para nós e que que, de resto, já se reflecte na nossa ainda maior união e força. E é mais uma experiência de grande valor que certamente persistirá ao longo da nossa vida profissional e pessoal. A nossa visão é optimista.

 

Anabela Areia @ AICEP

Bem, grande susto! Recebi a notícia do surto juntamente com as medidas de precaução...Tudo isto acompanhado pela notícia de ficar a trabalhar a partir de casa! Agora passada uma semana, acho que tudo isto nos tornou mais unidos e mais fortes!

 

Eunice Caçador @ W Hotel Mexico City

Desde dia 24 de Abril o México está a viver um surto de H1N1, que assustou o Mundo mas muito pouco os mexicanos.

No Hotel, foram muitos os hóspedes que ligaram, durante o dia de 24 e 25, a pedir conselhos e com inúmeras perguntas. Claro que a atitude foi de tranquilizá-los. No entanto, no dia seguinte, foi dada a indicação, por parte da AICEP, que deveríamos ficar em casa de quarentena até novas indicações.

Passada uma semana, estou expectante sobre as novas indicações que serão dadas por parte das Autoridades, e desejo que tudo volte à normalidade, no entanto, é necessário referir que sempre teremos nos nossos pensamentos este momento difícil pelo qual estamos a passar.

 

José Pinheiro @ AICEP

O meu primeiro “contacto” com a gripe Influenza A foi na manhã de sexta-feira, 24 de Abril. A semana que se seguiu foi repleta de preocupações, hesitações, decisões tomadas e reviradas. Ficar ou regressar? Com coração e razão, decidi ficar.

 

Pedro Costa @ NBB Consulting

 

Mal se ficou a saber do surto, o governo mexicano tomou medidas muito rapidamente, o que permitiu conter a vaga de gripe. O susto inicial ficou agravado pelo facto de termos de ficar a trabalhar a partir de casa, agora passado o susto inicial penso que a situação voltará em breve à normalidade.

 

[1] Teoria sobre a origem do vírus A H1N1 mais divulgada pela Comunicação Social mexicana.

[2] Fonte: http://www.respyn.uanl.mx/iii/2/invitado/index.html - Dr. Amador Flores Aréchiga in RESPYN (Revista Salud Pública y Nutrición)

 

Created By: EUNICE ISABEL MOREIRA CAÇADOR
Published: 03-06-2009 2:53

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