Xangai, uma metrópole internacionalmente reconhecida, situada perto do rio Yangtze, tem, ao longo dos últimos anos, conseguido captar uma maior atenção mundial. Sendo uma das cidades com maior poder e influência no setor económico, financeiro e comércio internacional.
De igual modo, também no que toca a produtos culturais e turismo, Xangai tem registado um crescente interesse turístico.
Nesta cidade, onde atualmente se encontra uma união única de diversas culturas, modernas e tradicionais, ocidentais e orientais, verifica-se um glamour único, que a torna num dos locais mais propícios para o crescimento de qualquer setor.
Para fins deste trabalho, o setor a que se dará mais foco será o de Luxury Brands. Mas, antes de iniciarmos essa análise, comecemos por interpretar o comportamento do consumidor chinês nos últimos anos.
Com um nível económico cada vez mais baixo, e o consequente aumento da pressão financeira, os consumidores chineses têm vindo a tornar-se cada vez mais conservadores. Onde anteriormente o valor baixo do produto era o fator determinante, que governava a decisão do consumidor, nos últimos anos tem-se verificado uma alteração profunda nos comportamentos perante o mercado. Agora, o cliente efetua as suas compras de uma forma mais inteligente, onde a decisão da compra se centra na análise e comparação entre custo e qualidade.
Agora, com um budget mais limitado, o consumidor consegue tirar mais proveito deste ao tomar decisões mais ponderadas. Em geral os gastos direcionam-se para áreas mais seletivas da sua vida, que proporcionam mais liberdade ao consumidor.
Neste mundo, que cada vez acelera mais o seu passo, os consumidores deixam de comparar todos os produtos existentes no mercado e restringem a sua atenção a uma pequena seleção de produtos. O preço deixou de ser um fator determinante, o que mais interessa agora é a relação entre o custo e a qualidade, sendo que, quanto maior o custo, mais se espera que o produto seja melhor, funcional e duradouro.
O nome de uma marca reconhecida deixa de ser um comprovativo de qualidade. Pretende-se que as marcas não sejam apenas transparentes, mas também que convençam os consumidores da sua qualidade. Uma identidade bem definida da marca é o necessário, hoje em dia, para apelar aos consumidores menos sensíveis ao custo.
O consumidor começa a ser cada vez mais disponível para gastar mais numa marca, desde que a qualidade compense o custo produto.
Um estudo conduzido pela KPMG, conclui que a principal razão para os consumidores chineses adquirirem produtos de luxo é, realmente, a melhor qualidade dos produtos/serviços. A segunda razão é passar uma melhor perceção de personalidade e gosto, seguida de uma demonstração de estatuto social mais forte.
Numa perspetiva mais económica, um dos fatores que influencia o mercado das luxury brands em Xangai, é o facto de o preço das marcas ser, geralmente, mais elevado nos países ocidentais, levando muitos chineses a comprar fora ou importar diretamente.
No entanto, este fenómeno tem vindo a diminuir com a implementação de políticas, por parte do governo chinês -como a imposição de novos impostos à importação de produtos avaliados em mais de 10000 CNY, com a desvalorização do yuan e a diminuição do turismo chinês na Europa, resultante do crescente medo de ataques terroristas.
De um modo geral, os produtos de luxo conseguiram, assim, apresentar um acelerado crescimento em 2017 e 2018.