Skip to main content
   
   
Go Search
Extranet InovContacto
  

Extranet InovContacto > Visão Contacto > Posts > A Agenda Verde: os materiais de construção que vieram para ficar
A Agenda Verde: os materiais de construção que vieram para ficar

Emanuel Canelas | C24 | Logoplaste | Portugal (em teletrabalho)

C24 Emanuel Canelas

A sustentabilidade e o impacto negativo que a ação humana gera, é um tema que, principalmente desde a década de 90, tem vindo a ser cada vez mais discutido, tendo a sua importância crescido, tanto aos olhos dos cidadãos, como dos governos. Nesse sentido, cada país tem desenvolvido e tentado cumprir a sua própria Agenda Verde nos últimos anos, com o objetivo de proteger os recursos naturais existentes.

Segundo números da Institution of Structural Engineers (IstructE), a indústria (incluindo a construção) é responsável por 35% das emissões globais de CO2, das quais 25% decorrem da produção de aço e 19% da produção de cimento, onde a indústria da construção é responsável pelo consumo de metade do aço e todo o cimento. Assim, para que as metas de redução de CO2 sejam cumpridas, é imperativo que o impacto que os materiais de construção geram, seja reduzido significativamente.

Nesse sentido várias organizações, como a Alliance of Sustainable Building Products e a natureplus.org, levam a cabo campanhas e certificações para popularizarem outros materiais de construção, mais naturais e, por consequência, mais sustentáveis. Estes têm uma menor energia incorporada relativamente aos materiais de construção comuns, mas continuam a ter massa térmica para armazenar calor, são seguros, saudáveis e, mais importante, não são prejudiciais para o ambiente.

Um dos materiais naturais mais populares na construção de habitações e outras estruturas é o bambu, dada a sua durabilidade e multiplicidade de usos. O bambu tem características naturais que vão além da construção e que o tornam especialmente sustentável: não precisa de irrigação, cresce rapidamente, é um elemento critico no saldo entre oxigénio e dióxido de carbono e cresce numa ampla gama de ambientes.

O bambu é especialmente usado na construção de casas e outros edifícios (mais de mil milhões de pessoas vivem em casas de bambu), mas também é utilizado na China e na India como reforço de estradas e pontes.

Apesar de materiais como o bambu, ou a madeira, terem um aspeto mais natural, há materiais naturais que são usados desde a pré-história para a construção e devem continuar a ser utilizados, adaptando a sua produção aos padrões de sustentabilidade atuais.

Um exemplo desses materiais é a argila, que tem um processo de escavação relativamente fácil, e requer pouco processamento quando escavada. As aplicações da argila na construção são variadas e muito populares: pelo menos metade da população mundial vive ou trabalha em edifícios onde a argila é uma parte essencial da sua estrutura.

Além dos materiais tipicamente usados para a parte estrutural dos edifícios, há materiais naturais que podem ser usados para a isolação como a celulose,  um produto da reciclagem do papel, ou a cortiça. Ambos podem levar a uma grande quantidade de energia elétrica economizada.

A construção é uma das indústrias que mais recursos naturais consome anualmente, por isso é critico arranjar formas de tornar esta indústria mais sustentável e reduzir as emissões a ela associadas, o que passa em grande parte por substituir os materiais com uma maior pegada ecológica por outros mais naturais.

Os desenvolvimentos nesta área estão a crescer, muito devido à inevitável preocupação com a sustentabilidade por parte dos governos, e é muito importante que assim seja, numa lógica de preservação dos recursos não renováveis do nosso planeta.

Imagem de destaque: https://www.pexels.com/photo/boy-making-wooden-house-miniature-2387917/

 

Share on Facebook
Created By: Emanuel Tuna Canelas
Published: 30-10-2020 16:37

Comments

There are no comments yet for this post.

 ‭(Hidden)‬ Content Editor Web Part ‭[2]‬

Visão Contacto