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O teletrabalho à experiência
Ana Luísa Almeida | C24 | Bysteel | Londres, Reino Unido
Escritório em casa

A pandemia da COVID-19 traduz-se, entre muitas outras realidades, numa experiência intensa de teletrabalho. Obviamente, alguns trabalhos simplesmente não podem ser feitos em casa. Mas o surto está a acelerar a tendência para o teletrabalho, possivelmente a longo prazo. Até agora, estava previsto que a implementação desta forma de trabalhar seria muito mais gradual. Essa relativa inércia provavelmente reflete culturas de trabalho pouco flexíveis, bem como a falta de interesse dos empregadores em investir nas práticas de tecnologia e gestão necessárias para gerir uma equipa em trabalho remoto. Porém, a pandemia está a forçar esses investimentos em setores onde o teletrabalho é possível.

Existem várias perspetivas sobre este assunto. Sabemos que muitos trabalhadores preferem trabalhar em casa, o que tem efeitos benéficos a nível ambiental, económico e de bem estar pessoal.

Por outro lado, algumas pesquisas identificaram o teletrabalho como positivo, tanto do ponto de vista do empregador, como do colaborador, já que, em tempos de crise, o trabalho remoto consegue reduzir as despesas de escritório, o que leva a uma maior retenção dos colaboradores e a reduzidos custos de contratação e formação por parte das empresas.

No entanto, estes benefícios não estão presentes em todas as organizações. As experiências bem sucedidas de teletrabalho geralmente ocorrem em locais que tiveram um tempo de preparação para a mudança e onde o desempenho se baseia em resultados claros e mensuráveis. Isso requer uma abordagem de gestão diferente daquela a que muitas empresas estão acostumadas. Logo, não são garantidos aumentos de produtividade, principalmente se for difícil monitorizar o desempenho dos funcionários.

Posto isto, gerir uma equipa em teletrabalho pode ser difícil. O isolamento profissional pode ter efeitos negativos no bem estar e desenvolvimento da carreira e os efeitos na produtividade a longo prazo são incertos. Outra preocupação assenta no facto de existirem diferenças nas formas como os funcionários se adaptam ao trabalho em casa.

Assim, a oferta de uma combinação de opções de trabalho em casa e no escritório pode levar a melhores resultados. Em circunstâncias "mais normais" o teletrabalho parece ter mais sucesso quando alternado com o contacto pessoal. Por exemplo, grupos presenciais têm melhor desempenho do que grupos virtuais em tarefas criativas, mas trabalhar fora do escritório pode melhorar o foco em tarefas individuais. 

Em síntese, a COVID-19 pode mudar permanentemente a maneira como muitos de nós trabalhamos. Atualmente, transferir o maior número possível de pessoas para teletrabalho é uma resposta necessária a uma terrível crise. No mundo pós-pandemia, esta tendência pode permanecer como uma prática que, se bem realizada, vai melhorar a satisfação no trabalho, aumentar a produtividade e proporcionar a execução de trabalho em regiões mais remotas do que atualmente. 

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Created By: Ana Luísa Moreira Pato de Almeida
Published: 07-07-2020 10:24

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