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Como usar o digital para unir o mundo em torno de causas

Sofia Serzedelo | C24 | Talkdesk | Londres, Reino Unido

 Responsabilidade social das empresas

Em países em desenvolvimento, muitas vezes são as organizações sem fins lucrativos que sustentam e garantem as necessidades básicas como a educação, saúde, serviços sociais, alimentação, segurança, liberdade, ou sustentabilidade, tendo um papel crucial no desenvolvimento desses mesmos países. E, ao longo do tempo, essas organizações encontraram oportunidades na angariação de fundos monetários para apoiar causas sociais através do mundo digital, por vivermos num mundo cada vez mais pequeno, graças à evolução da tecnologia e à globalização.

Um bom exemplo disso é a iniciativa United Nations World Food Programme (WFP) – “Share the meal”, em português “Partilha a refeição”. Uma aplicação que funciona à base de doações para angariar refeições para as várias operações de food emergency que a WFP gere.

As doações, que são totalmente voluntárias, já permitiram facultar mais de 66 milhões de refeições desde 2015. E é de notar que este programa é pro bono. Esta iniciativa além de contar com a notoriedade da United Nations, conta também com várias ações de marketing no mundo digital. Este programa teve uma adesão enorme por parte dos millenials. Primeiro, porque o processo de doação foi drasticamente encurtado e facilitado e segundo, porque utilizaram as redes sociais para divulgar a missão de uma maneira bastante criativa. Construíram um buzz à volta do programa, caracterizado por sentimentos genuínos de entusiasmo.

Pessoalmente já me deparei com inúmeros anúncios display que me redirecionaram para este programa. O approach desta iniciativa, e de quase todas as campanhas de fundraising com carácter solidário é a capacidade de despertar emoções no ser humano. E o que mais me fascinou neste programa foi a paixão e dedicação de todos os envolvidos neste conceito inovador, capaz de chegar àqueles que necessitam de ajuda. Um verdadeiro exemplo a seguir.

Se ao longo do tempo as empresas, organizações sem fins lucrativos e outros projetos já se reinventaram com a crescente e constante revolução digital, a pandemia de COVID-19 levou tudo e todos para um novo patamar. Vivemos numa realidade de confinamento, em que já não é possível utilizar as ferramentas tradicionais, uma vez que muitos eventos, angariações de fundos, reuniões, e atividades laborais convergiram para o digital.

Numa era digital, com um overload de informações, criadores de conteúdo, influencers, músicos, marcas, artistas, etc, lutam para deixar a sua marca e captar a atenção do seu público-alvo.

É uma altura de reinvenção e de pensar no “unthinkable”. É tempo de desafiar e arriscar no mundo digital, mesmo sendo tempos de incerteza. Porque, nesta altura, as marcas, personalidades, governos têm que tranquilizar e apoiar o respetivo target.

Acredito que muitas empresas não vão conseguir superar estes tempos – quando a possibilidade de interação em espaços físicos e públicos não é possível – somente porque não tiveram a capacidade de perceber a mudança e transição pelas quais todos estamos a passar.

Num momento tão sensível como este, existe quem se destaque, unindo o mundo em torno de uma causa utilizando os seus pontos fortes para o fazer. Por exemplo, o Bruno Nogueira, comediante português, arrecadou milhares de euros para organizações sem fins lucrativos somente porque criou entretenimento para os seus seguidores no Instagram. Usou as suas skills e criou um buzz durante várias semanas em Portugal. Contou com  outras celebridades portuguesas, como o Cristiano Ronaldo ou a Inês Aires Pereira, para ajudar os portugueses a passarem o tempo de confinamento. E olhando para esta iniciativa - de louvar - vemos que além do seu impacto social, também trouxe uma enorme notoriedade para todos aqueles que participaram. Chegaram a 170 mil os portugueses a assistir em direto e Bruno Nogueira aumentou substancialmente os seus seguidores nas redes sociais.

Outro exemplo foi dado pela cantora Anitta que reuniu 330 mil reais para ajudar o Sistema Nacional de Saúde do Brasil nestes tempos de pandemia, através de um live nas redes sociais.

E a conclusão que quero retirar de todos estes exemplos, é a capacidade de unir milhares de pessoas em torno de uma causa através de um storytelling que inspire e consiga envolver o público-alvo em torno de um objetivo, suscitando emoções positivas em relação ao que estão a tentar cumprir.

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Created By: Sofia Malheiro Dias Serzedelo
Published: 03-12-2020 18:59

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