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Mesmo que em casa não usemos perfume todos os dias, são cada vez mais importantes as campanhas cujo cerne seja o amor próprio em qualquer situação

Catarina Costa | C24 | Talent Search People | Barcelona, Espanha

Quando a realidade é alterada de uma forma inimaginável, a palavra de ordem é adaptação

Num mundo que procura constantemente a estabilidade e o crescimento, é deveras desconcertante quando a palavra do dia passa a ser  "incerteza". No espaço de poucas semanas, fomos confrontados com tomadas de medidas que na nossa realidade pareciam impossíveis; vimos uma alteração de valores e dos valores que às coisas se dão, e o que pareciam bens seguros passaram a ser luxos de que poucos podem usufruir. Várias indústrias, principalmente as ligadas ao entretenimento  sofreram cortes consideráveis e, muitas vezes, não há previsão de quando se regressará a uma nova normalidade. Como é que, nesta situação, conseguirão as marcas com raízes tão profundas no mundo pré-covid sobreviver?

Nos últimos anos, as grandes marcas já têm vindo a sofrer um escrutínio maior por parte do público geral. Atualmente os consumidores têm em conta conceitos como "sustentabilidade, "atitudes" e "valores" em que se apoiam e representam e boa publicidade é aquela que, mais do que as necessidades, tem também em conta as causas do seu consumidor. Assim, conseguir sair positivamente desta situação vai depender da forma como as marcas se vão conseguir adaptar às duas situações.

Se, por um lado é importante estar preparado para desenvolver a compra com base na rapidez de um clique do cursor, também é significativo passar uma imagem de união e apoio, de compreensão e de esperança. A grande marca de roupa que ajude agora no desenvolvimento de máscaras protetoras, ou a marca que tenha atenção no update dos seus logos e na promoção publicitária apoiando causas como #ficaemcasa e a correta higienização, estará com certeza um passo à frente no mundo que se aí vem.

É também importante frisar que nem todas as marcas vão sofrer da mesma forma. Se, por um lado os grandes gigantes do comércio eletrónico vão sair favorecidos, a queda na venda de produtos não essenciais será inversamente proporcional. Como podem as grandes companhias ligadas à aviação, turismo, moda, superar esta situação? O pragmatismo e a rapidez na tomada de medidas serão os principais fatores de diferenciação. Para garantir a sua continuidade e a confiança do cliente, estas grandes empresas devem agora apoiar-se na sua base: proteger os seus trabalhadores, garantir os regulamentos de segurança e apostar na flexibilização.

Se não podemos ir a uma loja física experimentar uma peça de roupa, é cada vez maior o alargamento no prazo de devolução dos produtos; se o nosso voo teve de ser cancelado, é inteligente permitir a devolução em voucher com período prolongado de utilização, que leva a imaginação ao futuro em que dele poderemos usufruir; se, por um lado, em casa não usamos perfume todos os dias, são cada vez mais importantes as campanhas cujo cerne seja o amor próprio em qualquer situação, dentro ou fora das quatro paredes

Entrar em futurologias não é de todo o mais acertado de momento. É importante proteger e apoiar os milhares de pessoas que se viram sem emprego e as inúmeras empresas que viram o seu propósito inutilizado. Também é importante desenvolver ajudas e planos de contenção. No entanto, acima de tudo, o mais relevante será aprender com a vivência atual, descobrir formas inovadoras de lidar com o presente e enfrentar a nova realidade que se instala.

Imagem de destaque: ilustração original por Mariana Vilela da Costa.

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Created By: Catarina Vilela da Costa
Published: 23-09-2020 14:50

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