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Uma grande caminhada na diversidade da costa portuguesa - A National Geographic entrevista André Rocha C4

André Rocha | C04 | Sonae | São Paulo, Brasil

André Rocha

O André Rocha, C4 e atual gestor, docente universitário de liderança e sustentabilidade corporativa na Porto Business School e fundador do The Escapist, um projeto que promove expedições em locais remotos, percorreu a pé, a costa portuguesa de norte a sul. Foi uma caminhada de 961 kms naquilo a que chamou a “Route 76”.

Em entrevista à National Geographic o André fala de alguns aspetos que o moveram neste trajeto: Para além de ser uma aventura magnífica, o sonho antigo de conhecer Portugal em câmara lenta e passo a passo e a vontade de delinear uma rota pedestre por todo o nosso litoral foram determinantes para esta decisão e partilha impressões, narrativas e opiniões sobre esta experiência.

(…)

Além da superação física, quais foram os maiores desafios que enfrentou no terreno?

Apesar de o nosso processo intelectual estar relativamente domado durante os dias de caminhada, são muitas as alturas em que nos apetece parar, independentemente de qualquer limitação física que possa haver. O nosso litoral é longo, e quando nos deixamos parar para pensar que ainda nos faltam andar 400 ou 500 quilómetros sozinhos e que basta um “chega” para pormos fim a uma série de pequenos sofrimentos diários, a tentação aparece. A liberdade de poder desistir é, sem dúvida, a grande tentação e desafio a vencer. Como qualquer liberdade, também esta é muitíssimo sedutora e pode rapidamente curvar-nos ao encanto que nos mostra. No meu caso concreto, essa sereia começava a falar-me ao ouvido pelas 16h00 dos dias de caminho e prolongava-se até parar. E não houve um único dia em que não tenha aparecido.

Numa linha costeira tão variada como a portuguesa, o que mais o encantou?

Em termos metafóricos, vi a nossa costa como uma sequência de um filme. A costa representa um processo complementar, uma vez que se entrelaça em paisagens e recortes diferentes, sendo quase impossível de acreditar que a praia de Moledo, a da Adraga ou a da Carrapateira ficam no mesmo país, a tão poucas centenas de quilómetros entre si. Mais do que identificar o ponto A ou B, encantou-me a diversidade de um país tão eclético e tão cénico, condensando tanta diversidade, cultura, bravura e esplendor em apenas 961 quilómetros de costa. Esta grande rota pedestre é a prova de que não é necessário ir muito longe para encontrar aquilo que muitas vezes se procura lá fora… A aventura está mesmo ao nosso lado, a passos de distância. Vivemos quotidianamente em zonas geográficas muito apertadas, num triângulo casa – trabalho – comunidade: e nem mesmo esse território é sempre totalmente conhecido. Se nos aventurarmos a sair desse triângulo com tudo o que precisarmos ao ombros, a previsibilidade e a rotina são imediatamente substituídos pela surpresa e o assombro da descoberta, e sobretudo pela liberdade de uma boa aventura, onde comandamos os nossos destinos durante o tempo que entendermos. Só precisamos mesmo de por todas as nossas desculpas de lado e começar a andar, seja em que direção for.

Lê a entrevista na íntegra aqui.

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Created By: Isabel Azevedo
Published: 07-12-2021 10:00

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