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Depois do que observei na Tailândia voltarei com uma maior consciência ambiental

José Miguel Almeida | C23 | Siam Piwat | Bangkok | Tailândia

Plástico na Tailândia

O uso e desperdício dos plásticos atingiu um nível insustentável em todo o mundo e a Tailândia não é exceção.

Antes de vir para Banguecoque esperava encontrar mais lixo pelas ruas mas, felizmente, não é essa a realidade. Apesar de os caixotes do lixo serem difíceis de encontrar, as pessoas guardam o lixo até avistarem um.

Se os caixotes do lixo são raros, os ecopontos para reciclar são praticamente inexistentes e não são específicos como em Portugal, ou seja, se é reciclável, é tudo colocado no mesmo contentor.

Uma coisa em que reparei, logo de início, foi o uso exagerado de sacos e palhinhas de plástico: vou a uma loja, peço uma garrafa de água e dão-me sempre um saco e uma palhinha; faço compras num supermercado, metem duplos sacos plásticos em tudo. Grande parte deste lixo chega aos oceanos, devido ao grande problema - uma muito má gestão de lixo neste país.  Praias outrora paradisíacas são destruídas, vitimando milhares de animais marinhos, como é o caso de várias baleias com quantidades absurdas de plástico no organismo.

Não demorei muito tempo até recusar esses excessos e sei que voltarei para Portugal com uma consciência e preocupação ambiental muito maior.

O crescimento da indústria do plástico alimentou o seu consumo doméstico e o uso do plástico tem crescido cerca de 12% anualmente. Os tailandeses usam, em média, oito sacos por dia, o que equivale a quase 200 biliões de sacos por ano. Os meus colegas de trabalho, e outros “Thais” com quem falo, concordam que a Tailândia usa o plástico abusivamente, mas dizem estar a começar a reduzir. Lê-se em algumas notícias que até ao fim de 2019 a Tailândia vai banir o uso de três tipos de plástico: microbeads, tampas de garrafas e plástico oxibiodegradável. Até 2022, quatro outros tipos de plástico de uso único serão proibidos: sacos de plástico leves - com uma espessura menor que 36 microns, embalagens para comida de esferovite, copos de plástico e palhinhas.

Na empresa onde estou a realizar o estágio INOV Contacto (Siam Piwat) já foram também implementadas diversas regras de sustentabilidade, redução e reutilização. Num almoço com o CEO e alguns diretores da minha empresa, eu e o Dr. Pedro Abreu da Embaixada Portuguesa, talvez (gosto de pensar que sim) tenhamos contribuído para a redução do uso de sacos de plástico em alguns supermercados, ao dizermos que em Portugal se paga por cada saco de plástico e que os portugueses costumam usar sacos reutilizáveis quando vão às compras. Umas semanas volvidas, nos supermercados dentro dos centros comerciais pertencentes à empresa, foram implementadas as “Green Lanes” para quem não precisa de saco e nas caixas normais já não oferecem sacos com a mesma leveza; agora esperam que o cliente requisite um, ou vários sacos e pedem 1 baht (aproximadamente 3 cêntimos) por cada, um valor simbólico que esperamos que seja um símbolo do início da redução de uso de plásticos.

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Created By: José Miguel Gouveia Rosa Perez de Almeida
Published: 31-08-2019 16:12

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