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Dubai - Experiências na cidade dos "maiores do mundo" (Narrativa do Viajante)

João Laranjeira | C15

Unicer Dubai

Emirados Árabes Unidos

 

Chegara o derradeiro momento, parecia uma final do campeonato do mundo por marcação de penalties, sentia-se a ansiedade vivida por centenas à espera do resultado final. Entre o nervoso miudinho do país que se seguia e o alívio do último que já tinha passado, chegaram os Emirados Árabes Unidos e, numa questão de 20 segundos, eu e mais 3 compinchas tínhamos sido anunciados como os felizardos desta óptima experiência. Passada a estrondosa euforia pensei, o que raio está a Unicer a fazer lá? Cerveja em países árabes? Dubai ou Abu Dhabi? Treinado e preparado para o desafio que se avizinhava fiz as malas e parti para as Arábias.

 

Dubai é um case study mundial, uma cidade criada por uma geração, a cidade onde o impossível se torna possível. Fruto da visão do famoso Sheilk Maktoum bin Rashid Al Maktoum e do empenho e paixão do seu filho Mohammed bin Rashid Al Maktoum, o Dubai é uma cidade conhecida por todos e cobiçada por alguns.

Chamada de Las Vegas do Médio Oriente, Dubai é uma cidade partilhada por comunidades vindas de todo o lado do mundo, com um objectivo simples e comum: ganharem o suficiente para um dia voltarem para o seu país de origem.

De facto, da total população residente, apenas cerca de 7% são Emirati, sendo a maior parte vinda da Ásia (Índia, Paquistão e alguns países do sudeste Asiático estão bem representados) e os restantes, Árabes emigrantes e Ocidentais. Esta composição cultural, tem impactos reais nas experiências dos que cá vivem e dos que vêm visitar o País.

 

Cerca de 95% dos taxistas que nos irão levar ao hotel são Paquistaneses ou Indianos, a mesma probabilidade se assemelha quando passamos ao lado dos operários de construção civil, ou até quando partilhamos uma carruagem de metro com destino ao Bur Dubai (parte antiga da cidade), ou, como eu lhe chamo, India Town.

 

Se formos ao shopping num fim-de-semana, facilmente encontramos Emiratis, e saindo à noite partilhamos as altas baladas com Ocidentais e Árabes expatriados.

 

Mais do que a rápida sensação de grandeza que o Dubai possa transmitir a quem a visite, trata-se de uma cidade de experiências, onde os grandes artistas actuam em palcos de praias artificias criadas pelo homem, onde podemos jantar a 458 m de altura com vistas aterradoras para outros arranha-céus, onde podemos esquiar na neve quando lá fora fazem 50º.

 

É fácil perceber que parte da minha experiência tem sido vivida como num playground, contudo nem tudo são as 1001 noites.

 

Apesar de atenuado, o conservadorismo típico da região está presente, e devemos ter um cuidado redobrado na nossa exposição e relacionamento com terceiros. Trabalhar no Dubai revela-se fantástico, o espírito de negócios é constante, estando a cidade cheia de empreendedores de todos os cantos do mundo. Localizada entre Londres e Singapura vive-se ao estilo de “Manhattan”.

 

Muitos não sabem, mas os Portugueses foram os primeiros a chegar a esta região há cerca de 500 anos, actualmente somos os últimos. Apesar do atraso, as oportunidades ainda existem e com qualidade e Portugal ao peito ainda se conquistam mercados, desta vez de forma mais civilizada (os omanis descrevem o domínio português como uma das colonizações mais "sangrentas da história”). Sugiro, contudo a quem tenha vontade de “experimentar” esta cidade, que o faça antes de Junho, pois 50º não é algo a que nós, Portugueses, estejamos habituados. Como se diz por cá: “Do Bye”. 

Created By: João Francisco Gouveia Laranjeira
Published: 26-10-2011 13:06

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