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Usando o digital para aproximar o mundo confinado

Henrique Alves | C24 | VisionSpace Technologies | Darmstadt, Alemanha

Há muito que o termo “transformação digital” ocupa lugar de destaque na nossa sociedade. Na base, a sua definição relaciona a incorporação de meio tecnológicos para ajudar na solução dos diversos processos da nossa sociedade, passando pela indústria, economia, ciência, transporte, arte, e muitos mais. O digital é, ao mesmo tempo, uma tecnologia, uma ferramenta e uma cultura. Uma tecnologia que se apoia nos sistemas informáticos que estão a mudar o espaço sócio-económico, mas também uma ferramenta que modifica a sociedade criando uma nova cultura que une pontos de interesses.

Não me recordo de um momento em que tivéssemos estado tão fisicamente isolados uns dos outros. Após a maior parte dos países ativarem mecanismos de confinamento para lutar contra a propagação da Covid-19, as pessoas que habitualmente víamos todos os dias, no trabalho, na escola, nos momentos de lazer, estão neste momento reduzidas a interações através do tamanho de um ecrã. As reuniões familiares, as festas, os encontros e as visitas a lugares nunca antes visitados foram anuladas ou adiadas indefinidamente.

Mas, o distanciamento social criou um coletivo que não existia e obrigou-nos a reinventar interações. Uma delas são os laços pessoais, mesmo com a distância de 2300 km consigo manter uma ligação instantânea o que, estando confinado, me proporcionou ter notícias de velhos amigos e reatar ligações que se tinham perdido pela pressa decorrente de uma vida sempre em movimento.

Para além disso, o confinamento levou também à “aproximação” das pessoas que vivem na nossa comunidade. Cada um interroga-se sobre como ajudar em função das suas competências. Realço o interesse no setor do comércio local. Muitas iniciativas foram lançadas para recriar uma ligação com os comerciantes locais e, embora a maior parte não tenha uma infraestrutura tecnológica própria, rapidamente aproveitou as redes sociais para se manterem em contacto e oferecerem os seus produtos.

Os profissionais de saúde viram uma outra comunidade a juntar-se para os ajudar: os "makers". Esta larga comunidade junta-se em volta do conceito "do it yourself" ("Faça você mesmo") e, com a ajuda da impressão 3D, colocou mãos à obra e produziu viseiras necessárias para a proteção dos profissionais que se encontram primeira linha. Também centenas de especialistas de diversos ramos começaram a trabalhar em conjunto para alcançar uma solução rápida e fácil para produzir ventiladores necessários para prestar os cuidados aos casos mais severos dos doentes com coronavírus. Por outro lado, em grandes centros urbanos, as residências para alojamento local, outrora disponível no Airbnb, começaram a disponibilizar alojamento, divulgando-o em redes sociais e outras plataformas.

Claro que seria muito difícil imaginar a minha vida sem todos estes avanços tecnológicos. As festividades da Páscoa foram um ótimo exemplo de como consegui permanecer em contacto permanente com a família e passar um almoço na companhia daqueles de quem mais gosto.

Por último, refira-se que seria impensável realizar a minha experiência ininterrupta da atividade profissional sem a utilização do computador e internet. Neste momento, consigo colaborar num projeto europeu com 30 empresas de 15 países. As barreiras do tempo e do espaço são facilmente ultrapassadas pelas soluções que o digital nos traz.

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Created By: Henrique Fernandes Alves
Published: 15-09-2020 17:40

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