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A sinergia do Djunta Mon no cumprimento dos ODS

Gabriela Ruiz | C24 | Escritório da Coordenadora Residente, ONU | Cidade da Praia, Cabo Verde

Ivanilda Rodrigues é Data Management and Results Monitoring/Reporting Officer do Escritório Conjunto das Nações Unidas em Cabo Verde

A agenda de 2030, estabelecida em 2015, assumiu o compromisso de alcançar cinco metas de resultados, denominadas como os cinco P’s: Pessoa, Planeta, Prosperidade, Paz e Parceria, com vista ao cumprimento dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

ODS

Neste sentido, em janeiro de 2017, com o mandato do Secretário-Geral António Guterres, deu-se início à mais recente reforma da Organização das Nações Unidas (ONU) – “Repositioning the United Nations development system to deliver on the 2030 Agenda: our promise for dignity, prosperity and peace on a healthy planet” (A/72/684)​. Deste modo, foi criado um sistema de dupla responsabilização, permitindo aos representantes de cada país reportar não só às suas respetivas entidades, como também, ao Coordenador(a) Residente presente no país.

Igualmente, no decorrer desta reforma, foi criada uma plataforma online com o intuito de aprofundar a coerência, a transparência e a responsabilidade da ONU, no que refere à abordagem das necessidades e prioridades dos Estados-Membros: o UN INFO.  

Uma plataforma que permite planear, monitorizar e reportar, através de uma digitalização e exibição de dados em tempo útil, de todas as atividades presentes no Quadro de Cooperação para o Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (Quadro de Cooperação) e no Plano de Trabalho Conjunto Anual a nível nacional.  O UN INFO, enquanto instrumento de mapeamento, rastreia as contribuições da ONU para o cumprimento dos ODS em todos os países onde as Equipas de País (conhecida pela sua sigla em inglês, UNCT) operam, sendo Cabo Verde um deles.

 

Ivanilda Joiane Rodrigues é Cabo-Verdiana e trabalha atualmente para o Escritório Conjunto das Nações Unidas em Cabo Verde como Data Management and Results Monitoring/Reporting Officer. Tem sete anos de experiência profissional, três dos quais como Gestora de Projetos de Design Gráfico e Web no “NOSI” (Núcleo Operacional da Sociedade da Informação). É licenciada em Design pela Universidade Federal de Pernambuco, no Brasil, e mestrada em Gestão de Projetos com especialização em Design de Projetos Internacionais pela Universidade de Sydney. A sua experiência profissional em Cabo Verde e no exterior (Angola, Moçambique, Tanzânia, Portugal, Guiné-Bissau, Austrália), a sua fluência em inglês, português e russo e bom entendimento de francês e espanhol, complementam a sua capacidade de se encaixar facilmente em ambientes multiculturais, monitorizar e coordenar recursos enquanto gere conflitos e riscos.

 

No âmbito da reforma da Organização das Nações Unidas, de que forma é que o UN INFO veio contribuir para uma maior eficácia na implementação e cumprimento dos ODS em Cabo Verde?

 

Primeiramente, a reforma tinha como objectivo importante implementar uma plataforma online para o sistema da ONU, a fim de monitorizar e reportar a contribuição do sistema como um todo na implementação, e consequente progresso dos ODS a nível nacional, e em todos os países onde operam as UNCTs. O UN INFO fornece uma visão sobre como a ONU em Cabo Verde direcciona as suas acções e investimentos para com os ODS e a Agenda 2030. Depois de dois anos como um país piloto e a crescer juntamente com a evolução do sistema, o objetivo é  conseguir que em 2020 resultados e relatórios sejam baseados por inteiro nos dados do UN INFO.

 

O UN INFO é uma plataforma que permite relatar os resultados coletivos do sistema da ONU e fazer o seguimento dos mesmos em tempo útil à medida que os dados são atualizados. Cabo Verde, sendo um país piloto na implementação da plataforma, veio permitir que fosse possível adquirir uma experiência na sua gestão e manuseamento, em que os dados fossem sendo introduzidos de forma precisa. À medida que os dados são inseridos no sistema, é possível ver em tempo útil as contribuições convertidas em visualizações através de Dashboards.

 

Os dados que têm vindo a ser inseridos na plataforma nos últimos dois anos tornaram-se públicos através de dashboards interativos em Fevereiro de 2020. Isso significa que, relativamente aos ODS, já é possível ver em tempo útil como está a decorrer a sua implementação em Cabo Verde, ao nível das Nações Unidas em 2020, já que o sistema permite rastrear as contribuições das agências para com o alcance dos ODS. É possível ver também como foi o resultado das implementações de 2018 e de 2019 e fazer análises comparativas com o corrente ano. O UN INFO trouxe inovação com o automatismo na geração de relatórios e de monitorização de dados, já que são automaticamente transformados em visualizações de fácil análise e interpretação. Se antes os relatórios eram extensos e feitos com base nas contribuições recebidas pelas agências através de, por exemplo, várias trocas de e-mail, hoje, é possível rastrear na Visualização do Mapa do país a implementação dos ODS.

 

A plataforma veio melhorar a forma de analisar os dados, através dos painéis de visualização, com um design bastante inovador e apelativo, através dos quais se pode, por exemplo: orientar e tomar decisões correctas, melhorar a implementação para atingir os ODS, verificar se se está alinhado com os objetivos iniciais e acompanhar se a implementação está numa timeline desejada. Tendo em consideração que os dados são públicos, o Governo de Cabo Verde, os parceiros de implementação, os doadores podem também acompanhar a implementação em tempo útil.

 

Vários são os pontos que se pode identificar ao nível da contribuição para o seguimento da implementação dos ODS e da Agenda 2030 em Cabo Verde. A grande vantagem é que a plataforma está estruturada de forma a permitir que se veja os dados desagregados ao nível dos 22 municípios nas dez ilhas do país. Isso melhora o acompanhamento e análise do desenvolvimento local. Acaba por permitir uma análise muito mais concreta sobre como a ONU está a contribuir para o desenvolvimento dos ODS localmente, a nível nacional. Não somente por município, mas também através da percentagem das contribuições financeiras para cada ODS, que é igualmente importante saber.

Dou o exemplo que atualmente enfrentamos, a pandemia do COVID-19. É possível através do UN INFO identificar todas as atividades que estão a contribuir para o combate aos impactos do COVID-19 no país e saber especificamente para que ODS estão a contribuir, em que município, implementado com que parceiro e financiado por que doador. Sempre que houver uma mudança, o facto de termos os dados desagregados, mostrados de forma pública, acessível e de uma forma bastante fácil de entender, ajuda significativamente na análise dos dados relativos à contribuição da ONU para atingir os ODS.

 

 

No âmbito da reforma da ONU, um milestone atingido pela primeira vez foi a assinatura do Plano de Trabalho Conjunto (2020) com o Governo em fevereiro. Mas a parte mais interessante foi o facto de também em fevereiro se ter conseguido fazer uma apresentação dos resultados conjuntos de 2019 para os membros do Governo, liderado pelo Primeiro-Ministro, a sociedade civil e os parceiros de desenvolvimento. Foi bastante agradável o facto de conseguirmos “prestar contas” e mostrarmos como é que a ONU em Cabo Verde está a implementar os ODS para o membro mais alto do Governo. Foi motivador ver como cada um dos cinco Grupos de Resultados: Pessoa, Planeta, Prosperidade, Paz e Parceria, mostrou os resultados atingidos em 2019 mostrando os dashboards do UN INFO. Foi mostrado como é que conseguimos os resultados desagregados no mapa, por parceiros de implementação, por doador a nível da ONU.

 

Quando se mostra que se consegue explicar como é que se está a contribuir para o alcance dos ODS, como é que os esforços estão alinhados com o Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável nacional (PEDS), como se está alinhado com a Agenda 2030, ou seja, os Direitos Humanos, a Igualdade de Género, a Educação, a Saúde, entre outros, é uma grande vantagem a de conseguir ter voz e mostrar os resultados de forma a que qualquer um os possa entender.

Neste encontro foi também lançado o novo website da ONU em Cabo Verde, tornando-se assim o primeiro país de língua portuguesa a lançar o site da UNCT em português. O website que está ligado diretamente ao UN INFO, torna os dados públicos e acessíveis em qualquer parte do mundo. Hoje em dia, não é só o facto de se mostrar os resultados, também tem que se mostrar o conteúdo principal dos resultados, e eu acho que o UN INFO veio ajudar muito a nível visual e de inovação dos gráficos dinâmicos que tem.

 

O bom disto tudo, é que foi um trabalho conjunto em que todos estiveram envolvidos. A equipa de coordenação trabalhou em conjunto com todas as agências para apresentar os resultados no UN INFO e lançar o primeiro website UNCT em Português. Isso comprova que quando se tem a sinergia do Djunta Mon[1], se consegue mostrar a contribuição para o objectivo maior, que é o cumprimento dos ODS em Cabo Verde.

 



[1] Expressão típica em Crioulo, que significa juntar esforços, dar as mãos e que espelha o espírito de solidariedade

 

O UN INFO permite uma identificação direta entre cada atividade e um ou mais ODS, através de um mapeamento acessível a todos os seus utilizadores. Por outro lado, apesar de permitir uma atualização de dados em tempo real útil, os resultados de implementação apenas se vêem a longo prazo. Quais as vantagens e desvantagens da utilização desta plataforma para o país e para a ONU?

 

É verdade que uma das características principais da plataforma é a ligação de cada atividade com os dados de vários Tags definidos. Esses Tags são formas de identificação, ou seja, de categorização de como a atividade está a ser implementada e a sua contribuição para o desenvolvimento de Cabo Verde: a região, o município, o alinhamento com a igualdade de género e direitos humanos, etc. Por exemplo, ao se conseguir fazer a conexão de cada atividade do Plano de Trabalho Conjunto Anual com as metas dos ODS, é possível analisar como as contribuições da ONU afetam o alcance dos ODS. De facto, o UN INFO tem o papel de mostrar os dados em tempo útil, mas é claro que é à medida que os dados são inseridos no sistema. Isso significa que é preciso criar uma disciplina na introdução dos dados para que seja possível fazer o seguimento real da implementação e permitir assim uma análise e avaliação dos resultados obtidos.

 

Financiamento ODS das Nações Unidas em Cabo Verde

 

A grande vantagem de ter dados em tempo útil é que permite ter inputs necessários para fazer análises e tomar decisões rápidas. Muito importante dizer que para que essa plataforma seja funcional, a atualização dos dados tem de ser frequente, permitindo assim um seguimento e avaliação atempado da implementação conjunta da ONU em Cabo Verde.

 

O UN INFO permite fazer um seguimento e avaliação e depois um reporting. Dependendo dos inputs das análises, pode-se fazer também um reajuste ou replanificação das atividades afetadas no sistema. O Plano de Trabalho Conjunto é dinâmico, pelo que as mudanças que acontecem ao longo da implementação anual têm que estar refletidas também na plataforma. Essa é a vantagem, ou seja, está-se a implementar e tem-se uma monitorização trimestral, em que se avalia os dados e se vê como está a implementação a nível da ONU relativamente a todas as atividades. Consegue-se ter um overview de como é que está o trace em termos da contribuição dos ODS, da mobilização, da contribuição para a igualdade de género, das sinergias das iniciativas entre as agências, etc. Trata-se de um conjunto de informações que os dados fornecem e que orientam as decisões.

Eu não falaria em desvantagem, mas se tivesse que falar numa, seria a falta de alimentação do sistema. Isso significa que, o UN INFO é um esforço conjunto da ONU, e não poderia funcionar, ou de forma alguma ser útil, se não houvesse um envolvimento conjunto. O escritório de coordenação, mas principalmente a minha função, tem o papel de conseguir fazer com que haja motivação, compromisso e união no preenchimento dos dados. Mas só através da dedicação, do envolvimento das agências, é que se consegue atingir os resultados conjuntos. A sinergia só é possível atingir se todos estiverem no mesmo barco. É esse o exercício desde 2018 que estamos a fazer e que agora já está muito mais consolidado e que nos permite ver realmente que só com a colaboração conjunta é que o UN INFO tem o poder que tem.

 

A principal característica do UN INFO é a sua transparência, nomeadamente, de resultados e de financiamento perante o Governo, os parceiros, os beneficiários e o público em geral. De que forma é que este factor influencia o trabalho da ONU?

 

A estrutura organizacional dos conteúdos do UN INFO tem tido uma grande influência sobre a nossa planificação. Por exemplo, desde 2018 que estamos a alinhar a nossa planificação com os campos a serem alimentados na plataforma. Agora já respondemos aos marcadores de género e de direitos humanos, aos OECD DAC setor, aos QCPR, ao mapeamento dos 22 municípios e estamos alinhamos com os 17 ODS e as suas metas. O UN INFO tem sido uma ferramenta igualmente importante no seguimento dos indicadores do Quadro de Cooperação 2018-2022. Isso permite que haja um acompanhamento de todas a agências no sentido de, anualmente, providenciar as metas atingidas.

 

De uma forma geral, a plataforma melhorou a planificação com uma visão directa sobre os resultados, dos esforços conjuntos das agências, da ONU em Cabo Verde. Isso significa esforços conjuntos para atingir resultados conjuntos. Esta é a influência que o sistema tem para com todos os que fazem parte da ONU. Quando falamos de UN INFO, falamos também de uma comunidade global, ou seja, Cabo Verde faz parte da ONU globalmente, então, nós todos estamos a fazer parte de um networking, de uma sinergia, onde o trabalho conjunto é fundamental. Claro que sempre trabalhámos numa forma de reportar conjuntamente, mas o UN INFO veio fazer algo diferente para melhor, no sentido em que quando se planifica e quando se tem uma visão de planificação e de reporting harmonizada, tem-se também um pensamento de que se faz parte de uma família, em que cada um tem uma função, em que cada um é um ser, mas a família funciona conjuntamente.

É esse o papel do UN INFO, porque acaba por mostrar o que as agências estão a fazer conjuntamente de uma forma única. Todos os dados mostram quais é que são as contribuições e resultados para os ODS como um – resultando na forma de como é que estão a ser implementados os ODS em Cabo Verde ao nível da ONU. O foco não está na parte individual de como é que uma agência está a implementar em Cabo Verde, mas sim o trabalho conjunto da ONU. A parte pública dos dashboards, em que o objetivo é justamente mostrar o que está a ser feito em termos de locação financeira, de transparência, passa por mostrar também a ONU como um conjunto. Igualmente, mostra, também, ao Governo, aos parceiros de implementação, aos parceiros de desenvolvimento e à sociedade civil o trabalho que a ONU tem feito e está a fazer.

 

A parte da influência no trabalho acaba por mostrar que somos “um só”, que falamos uma língua única ao usar o UN INFO. Como a colaboração que contribui para a harmonização no reporting de uma só voz, em que todos estão a contribuir para o mesmo objetivo, que é o desenvolvimento de Cabo Verde e atingir os ODS.

 

 

Cabo Verde foi um dos países pioneiros na implementação do UN INFO. Por outro lado, é dos mais bem posicionados em termos de sucesso no cumprimento dos ODS, também através da uniformização desta plataforma. O que é que distingue Cabo Verde dos demais países para obter estes resultados?

 

Eu acredito que a ONU em Cabo Verde tem uma capacidade nacional forte e uma energia que nos faz acreditar que juntos conseguimos. Penso que se distingue pela força de acreditar que é possível.

 

Cabo Verde tornou-se o primeiro Escritório Conjunto Piloto (Joint Office), um passo importante da reforma da ONU em direção à harmonização e simplificação das atividades em países pequenos. Neste momento, é o modelo de referência apontado pelo Secretário-Geral na sequência da implementação da reforma da Organização das Nações Unidas em países pequenos como Cabo Verde.

 

O escritório das Nações Unidas no país é pequeno e, realmente, as capacidades são poucas e dedicadas para várias funções: aqui somos multifuncionais. Temos uma concentração de informação bastante grande por capacidade e isso foi uma das razões de eu ter acreditado que teríamos sucesso na implementação do UN INFO. Quando o desafio de ser pioneiro na implementação do UN INFO foi aprovado pelo UNCT, penso que se apostou numa visão a longo prazo que a plataforma iria trazer, e que, realmente, hoje mostra ter tido impacto. Quando eu penso que há dois anos atrás demos o passo de implementar o UN INFO na ONU, que ainda estava em desenvolvimento, e que a nossa função era a de também contribuir com feedbacks para melhorar as suas funcionalidades, penso que hoje conseguimos alcançar o objetivo e visão a longo prazo. O bom é que em Cabo Verde, apesar de se ter uma equipa pequena, mas muito forte, é que se consegue ter funções multifuncionais, ao ponto de se aceitar vários desafios paralelos, que exigem colaboração. O desafio de implementar o UN INFO faz parte deste processo da multidisciplinaridade e de colaboração. Com o tempo, o acreditar de que vale a pena e de que há uma vantagem de se estar à frente, de se responder e de se mostrar os resultados para o Governo, para o público em geral, para os Cabo-Verdianos ou doadores, ganha-se um peso maior.

 

Mas isto tem uma razão colossal baseada na liderança, ou seja, de todas as decisões que Cabo Verde toma, incluindo a do UNCT aprovar que o país fosse um país piloto na implementação do UN INFO, tem a ver com a liderança e com a expressão Cabo-Verdiana do Djunta Mon, que é o que se pode fazer conjuntamente para melhorar. E quando é para um bem comum temos sempre essa essência de contágio, de colaboração através de um Djunta Mon. Eu acho que sempre que aceitámos um desafio, tem sido para conseguir tirar o melhor, e o UN INFO não foi excepção. Inclusivamente, vários são os benefícios que Cabo Verde está a ter com o sistema, como por exemplo, o facto de a apresentação dos resultados de 2019 da ONU estarem diretamente na plataforma, ter influenciado o Governo a querer, também, usufruir de um sistema semelhante ou baseado no UN INFO, para que possam, através dos ministérios, fazer também esse seguimento e avaliação ao nível governamental, o que é bastante positivo.

 

O UN INFO trata-se de um projecto a longo prazo. Após a sua total consolidação, quais os resultados diretos que prevê no seio da comunidade Cabo-Verdiana?

 

A comunidade Cabo-Verdiana tem em mãos um leque de dados transversais de como a ONU trabalha com os seus parceiros, com o Governo, com os doadores, com os parceiros de implementação para a conquista dos ODS em Cabo Verde. Por ser uma plataforma que permite o seguimento em tempo real e útil, significa que todos podem acompanhar à medida que os resultados são conseguidos e atualizados no sistema. Tal, permite que qualquer pessoa tenha acesso aos dados dos resultados, ou seja, isso significa que a dinâmica da visualização dos dashboards, que têm um design apelativo, que é fácil de entender, permite que, por exemplo, um aluno faça um trabalho na escola ou que o parceiro de implementação não tenha que esperar que a ONU lhe dê um relatório específico sobre a sua contribuição na implementação dos ODS em Cabo Verde. Através do dashboard público, ficam a saber qual foi o doador que financiou, mostrando assim uma prestação de contas e de transparência sobre o que é que a ONU está a fazer em Cabo Verde para o desenvolvimento e alcance dos ODS.

 

A possibilidade de ter todos os resultados em tempo real é muito importante para com os outros. Pelo facto de serem públicos e acessíveis a todos, pode-se criar conteúdos com os dados visuais, fazer análises, entender como é que está a interligação de ODS por município ou como é que está a aceleração comparativa entre municípios. Enfim, há várias vantagens em utilizar os dados para análise estatística.

 

A parte interessante é que não está só restringido a Cabo Verde, os dados como estão disponíveis a nível mundial, qualquer instituição, qualquer pessoa, seja ela Cabo-Verdiana ou não, ou mesmo a diáspora Cabo-Verdiana, consegue acompanhar como é que a ONU está a trabalhar em prol dos ODS. É muito bom também conseguirmos ter uma projeção além-fronteiras do trabalho, dos resultados conseguidos, não só na parte nacional, como na parte regional na África Continental e pelo mundo.

 

Imagem de destaque: Cedida por Ivanilda Joiane Rodrigues

Imagens Próprias: Cedidas através da plataforma UN INFO - https://caboverde.un.org/pt/sdgs

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Created By: Gabriela Fernandes Ruiz
Published: 24-06-2020 9:29

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