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Desafios da inovação tecnológica

Diogo Gomes | C22 | Leadership Business Consulting | São Francisco, EUA

Silicon Valley, o berço da tecnologia que faz cada vez mais parte do nosso quotidiano é, também, um local onde se debatem soluções para os “Desafios da Investigação Tecnológica”.

Da ideia ao consumidor final, quais as limitações e as dificuldades? Como podemos continuar, constantemente, a inovar? Estas são algumas questões abordadas.

De forma a percebermos melhor este tema, duas vertentes irão ser tratadas:
  • processo de investigação, ou seja, quais os desafios antes de existir inovação tecnológica.
  • necessidades do mercado, incidindo nos obstáculos após existir uma inovação tecnológica.

A noção do que é possível é continuamente testada com o ambiente de rápida evolução em que a tecnologia se encontra. A busca pela inovação sustenta-se sobre a capacidade de melhoria de serviços e produtos existentes, com vista a ultrapassar as suas limitações.

As soluções para estes problemas têm múltiplas origens, desde universidades, empresas, e até pequenos empreendedores. Em todos os casos segue-se a criação de uma hipótese e a sua comprovação, colocando o foco nas necessidades técnicas.

Problemas como a falta de uma equipa qualificada, motivada e adequada às necessidades inerentes aos problemas identificados, manifestam-se prontamente.

A concorrência na busca de talento qualificado é elevada, o que torna necessária uma abordagem de recrutamento atrativa e competitiva.

Para melhorar as probabilidades de sucesso deste processo, é crucial assegurar uma combinação exímia entre a equipa profissional, o apoio financeiro, o acesso a equipamento e tempo, bem como outros fatores específicos, que variam nas diferentes indústrias.

A aproximação de empresas, universidades, incubadoras e meios de investigação são ótimos meios de transformar ideias em realidades, fornecendo meios e fundos para investigações conclusivas.

Relativamente aos desafios posteriores à inovação, estes recaem na alteração do status quo do consumidor, seja B2C ou B2B. O primeiro obstáculo, e talvez o mais conhecido, é a proteção de propriedade intelectual, como, por exemplo, a patente. À primeira vista, esta pode não aparecer como um desafio mas, para além dos custos destas proteções, nos dias de hoje uma empresa não sofre apenas de competição local ou até nacional. Atualmente, as empresas têm concorrentes por todo o mundo e, no caso das patentes, uma proteção na Europa não é válida nos EUA, o que constitui um obstáculo.

Da mesma forma, na China este facto é usurpado, isto é, plagiado e copiado em produtos para revenda, a custos reduzidos.

Outro desafio é a aceitação de mercado para um produto novo por parte do consumidor, levando a custos acrescidos de educação do mesmo.

Exemplo disso é a empresa portuguesa Corticeira Amorim no seu processo de internacionalização para os EUA. Tendo em conta que a indústria do vinho tem uma importância elevada na economia portuguesa, é quase de senso comum, em Portugal, que a cortiça (como rolha para as garrafas de vinho) é a casca do sobreiro e que não danifica, de forma alguma, a árvore em questão.

Já nos EUA, tal conhecimento não está incutido na sociedade e, como a cortiça é madeira, pensa-se que, para a obter, é necessário destruir por completo a árvore. Isto representa um grande obstáculo para a Corticeira Amorim pois, para além de terem o produto, que pode também ser utilizado em isolamento de casa e, mais recentemente, em calçado, é necessário existir mais investimento na educação do consumidor, para que este possa aderir aos seus produtos.

A resposta aos desafios colocados varia, entre a dificuldade de mensurar os diversos fatores, desde a educação, o capital e até a aversão a risco.

A predisposição para o arranque da investigação e o duelo com o risco é o principal fator de afastamento à inovação. Locais como Silicon Valley oferecem uma enorme competitividade de mercado para profissionais, aliada a portas para a inovação, onde o empreendedorismo é a palavra de ordem.

O fator empreendedorismo requer coragem e suporte para identificar uma necessidade, desenvolver uma solução, implementá-la, e adotá-la ao público.

Como pudemos comprovar, são diversos os desafios para que ocorra uma inovação. Mas, com base nas nossas interações, aqui em Silicon Valley, comprovamos que o maior obstáculo é a aversão ao risco por parte das pessoas. Podem ter todas as competências para serem empreendedores, mas se nunca arriscarem nunca o serão.

Created By: Diogo José Alves Póvoa Gomes
Published: 04-04-2019 17:10

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