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"Na China Mainland, ferramentas e redes sociais como o Facebook estão banidas, mas o comércio online continua a existir"

Joana Silva | C22 | LBA Arquitectura e Planeamento LDA | Macau, China

Enquanto designer numa empresa de arquitetura, o meu foco principal no estágio é comunicação e apresentação de projetos arquitetónicos através de material gráfico. Por isso, fiquei surpreendida quando fiquei com o tema Marketing e vendas online por ser diferente daquilo que estou a fazer.

Mas é um tema que consigo explorar tendo a minha experiência em Macau como ponto de partida. Quando cheguei, tive de alugar um apartamento. Ao contrário da experiência que tive, quando aluguei um em Portugal na altura da faculdade, em Macau as casas não têm nada. As cozinhas têm um fogão e um frigorífico. Não há microondas, forno, pratos, copos. Quando os chineses mudam de casa livram-se de praticamente todo o recheio (ou então os senhorios deitam fora!). Ou seja, tive de comprar tudo para a mínima sobrevivência. E aqui existe muito pouca oferta e, o que há, é caro.

Recorri a uma ferramenta muito útil: compras online. Praticamente tudo o que tenho em casa, encomendei na internet. Nunca tive esse hábito, mas aqui foi um trunfo valioso.

Os meus colegas de trabalho também encomendam tudo online: roupa, cosméticos, tecnologia, comida... Porque, ora dá muito trabalho e se perde muito tempo na deslocação a uma loja física, ora esta não tem os produtos que satisfaçam as necessidades do consumidor.

Um dos mercados online favoritos do público chinês (China Mainland, Hong Kong, Taiwan e, claro, Macau) é o Taobao, um website de e-commerce chinês, um dos maiores do mundo que oferece uma variedade inacreditável de produtos a um preço baixo. De roupa a mobiliário, encomenda-se tudo aqui. Para contornar alguns problemas como a barreira linguística ou a falta de conhecimento informático de potenciais consumidores, existem lojas físicas que se disponibilizam a encomendar e receber os produtos por uma pequena taxa acrescida ao preço total da encomenda.

Na China Mainland, ferramentas e redes sociais como o Facebook estão banidas, mas o comércio online continua a existir e assume-se como o novo motor de crescimento económico. A economia online está a crescer de tal modo que está a deixar de usar-se dinheiro vivo.

A app Wechat revolucionou o marketing na China, unindo as funções de rede social, serviço de mensagens instantâneas e carteira digital.

Através da leitura de um código QR, fazer compras, andar de transportes, pagar contas, é possível com a app e sem a necessidade de ter dinheiro vivo. No primeiro trimestre de 2017, as vendas online na República Popular da China aumentaram 32,1%, face ao mesmo período em 2016. Este foi mais notório, ainda, no setor de entrega de comida ao domicílio e no de marcação de viagens.

Mas ainda há problemas a enfrentar: normalmente os direitos dos consumidores são ignorados e costumam ser vendidas muitas falsificações.

Não podia falar da importância das vendas online em Macau, sem falar do panorama na China. Em ambas as regiões existe tendência para a compra online mas, na minha opinião, na Mainland o comércio vive um ritmo de desenvolvimento alucinante e tudo funciona online, mas em Macau encomenda-se online porque as outras soluções não são muito melhores. Na China, por haver tanto comércio, há muita inovação e criam-se constamente novas formas de fazer marketing.

Em Macau há muito para fazer – existe ainda a forte tendência para, por exemplo, imprimir folhetos e o digital não passa de um post no Facebook.

Não existem muitas empresas especializadas em marketing, pelo que a tendência é a deslocação. Isto é um nicho de oportunidade já encontrado por alguns ocidentais, pelo que já existem algumas empresas especializadas na criação de websites e de material para redes sociais. Esta tendência é ainda maior nas empresas da área da restauração.

Apesar de tudo, as empresas de marketing que existem em Macau trabalham mais com PME, as grandes empresas continuam a procurar serviços em Hong Kong. A minha empresa também se encontrava estagnada na parte do marketing.

A minha vinda serviu para a consciencialização da necessidade de apostar na imagem e comunicação do trabalho da empresa. Da necessidade de partilha dos projetos em plataformas online de modo a angariar mais clientes e projetos.

Created By: Joana Simões de Carvalho e Monteiro da Silva
Published: 28-03-2019 18:20

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